Ministra diz que ex-presidente deve cumprir o que for determinado pela Justiça no inquérito do golpe
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, respondeu nesta quinta-feira (16/10) às declarações do ex-ministro José Dirceu, que havia defendido o cumprimento de prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Metrópoles, Gleisi afirmou que não é papel de ninguém opinar sobre eventuais penas e que o ex-chefe do Executivo deve apenas seguir o que for decidido pela Justiça.
“Olha, o Bolsonaro tem que cumprir a pena que lhe for dada na sentença. E ponto. Não cabe a ninguém ficar comentando a pena. Se a pena determinada for reclusão, vai ser reclusão, seja qual for a decisão da sentença”, disse a ministra.
A declaração foi uma reação direta à entrevista concedida por Dirceu à BBC News, publicada no dia 6 de outubro, na qual o ex-ministro — que já foi preso no caso do Mensalão — argumentou que Bolsonaro não teria condições de cumprir pena em prisão comum.
Dirceu defendeu prisão domiciliar para Bolsonaro
Na ocasião, José Dirceu afirmou que o ex-presidente deveria cumprir pena em casa, justificando que ele seria “muito instável” e não possuiria “autocontrole” para lidar com o ambiente de um presídio. O ex-ministro comparou Bolsonaro ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, também condenado pela Justiça.
A reação de Gleisi, entretanto, deixa claro que o governo quer se manter distante de debates sobre o destino jurídico de Bolsonaro, que é investigado no inquérito do golpe conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Petista reforça confiança nas decisões da Justiça
Ao evitar endossar a fala de Dirceu, Gleisi Hoffmann reforçou a posição institucional de que o julgamento e a definição de penas cabem exclusivamente ao Judiciário, sem interferências políticas ou opiniões paralelas de integrantes do governo.
LIBERTEM BOLSONARO E OS PRESOS POLÍTICOS !
Seria muito bom que a creisi também recebesse uma boa pena, no caso dela nem seria injusta. Aí ela na colmeia, o lindinho dela na papuda, assim deixariam de infernizar tanto a vida dos outros.