Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva Durante Cerimônia No Palácio Do Planalto Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva Durante Cerimônia No Palácio Do Planalto

Governo Lula já pode sofrer quatro derrotas na Câmara

Petista não possui maioria no Congresso e enfrenta resistências no MDB e no União Brasil

O presidente enfrenta dificuldades para conseguir apoio a projetos que interessam ao seu . O impasse envolve principalmente o União Brasil e o MDB, que indicaram, juntos, seis ministros para a gestão petista.

Apesar de os dois integrarem a equipe ministerial, há resistências internas nas legendas para a aprovação de 11 medidas provisórias (MP) editadas pelo petista. Dessas, quatro são mais polêmicas. Nesta semana, o MDB aprovou um documento que descartava o apoio automático ao governo.

Juntos, os partidos somam mais de 101 deputados e 19 senadores. Uma força suficiente para aprovar ou rejeitar qualquer medida do governo. Conforme interlocutores, a MP que extingue a Fundação Nacional de é uma das mais delicadas para o governo.

Na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o órgão era comandado pelo centrão da Câmara — grupo que sustenta o presidente da Câmara, (PP-AL). O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, nega a possibilidade de Lula recriar a fundação.

Outra questão importante é o texto que passou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Ministério da Agricultura para a pasta do Desenvolvimento Agrário. A Conab foi entregue ao ex-deputado Edegar Pretto (PT-RS), ligado ao MST. Ou seja, a companhia passou das mãos dos produtores rurais para o MST.

A instabilidade do governo ainda gerou um alarde com o presidente da Câmara dos Deputados. Durante um evento com empresários, Lira afirmou que o Planalto ainda não possui uma “base consistente”. Na quinta-feira 9, durante um jantar com Lula, o deputado alagoano teria se oferecido para ajudar na construção da base do governo.

A MP dos combustíveis também deve enfrentar resistência da base governista. A medida retomou parcialmente a cobrança de tributos federais sobre os combustíveis, que passou por uma desoneração durante o governo Bolsonaro.

Nesse caso, o impasse é com o União Brasil, pois o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), é crítico da medida adotada pelo Ministério da Fazenda. Essa votação vai ser uma espécie de “teste” para medir a consistência da base do governo no Congresso.

Segundo o vice-líder do governo na Câmara, o deputado Rogério Correia (MG), a MP do Conselho de Administração de Recursos Fiscais também é “polêmica”, mas está sob os cuidados do ministro Fernando Haddad, da Fazenda. As informações são Revista Oeste.


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