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Segundo autoridade dos Estados Unidos, investimento estaria sendo feito com o auxílio do governo da Rússia
De acordo com a Casa Branca, o Wagner, um grupo mercenário russo, está se preparando para fortalecer as defesas aéreas do Hezbollah, um movimento terrorista libanês, ou do Irã, ambos considerados inimigos dos Estados Unidos.
“O Wagner, sob a direção do governo russo, se prepara para fornecer uma capacidade de defesa aérea ao Hezbollah ou ao Irã”, disse à imprensa o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
No começo deste mês, o Wall Street Journal divulgou informações de fontes anônimas do governo dos Estados Unidos, afirmando que o grupo Wagner estava se organizando para disponibilizar o Pantsir-S1, um sistema russo de mísseis antiaéreos automotorizados e armas de artilharia, também conhecido como SA-22.
O Wagner, financiado pelo Kremlin, voltou à briga depois de um motim fracassado em junho, que representou uma ameaça ao governo de duas décadas do presidente russo, Vladimir Putin.
Kirby disse que os Estados Unidos estão preparados para impor sanções a “indivíduos ou entidades russas que possam fazer essas transferências desestabilizadoras”. Ele acrescentou que o Irã “está considerando fornecer à Rússia mísseis balísticos agora para uso na Ucrânia em troca desse apoio”.
Washington emitiu um alerta contra a relação militar entre Moscou e Teerã, que Kirby descreveu como “obviamente prejudicial para a Ucrânia, certamente prejudicial para os vizinhos do Irã, francamente prejudicial para a comunidade internacional”.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, fez uma visita oficial ao Irã em setembro, descrita como um “passo importante” para a cooperação militar entre os aliados. Ambos os países são alvo de sanções comerciais internacionais e estreitaram laços em vários setores.
O grupo paramilitar foi fundado em meados de 2014 e tem entre os membros ex-soldados, prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Esse tipo de força está presente em diversos conflitos por motivações étnicas, religiosas, políticas ou ideológicas.
No caso do grupo Wagner, os mercenários desempenham um papel quase como “reforços” para os militares russos, atuando em situações de resistência ou insurgência. Eles têm uma função significativa nos avanços de Moscou na Ucrânia, bem como na oposição ao Exército de Kiev.
No entanto, as declarações de Kirby ainda não foram comentadas pelo governo russo. Desde a invasão da Ucrânia pelos soldados de Vladimir Putin em fevereiro de 2022, Moscou e Washington não têm relações políticas.
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