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Heineken vende toda sua operação na Rússia por 1 euro; entenda

No ano passado, empresa já havia anunciado que deixaria o país por conta da guerra na Ucrânia

Nesta sexta-feira (25), a Heineken, empresa cervejeira holandesa, confirmou sua saída permanente da Rússia. A venda das operações da empresa foi realizada para o Grupo Arnest pelo valor simbólico de 1 euro, equivalente a aproximadamente R$ 5,27.

Em março de 2022, a Heineken já havia anunciado que deixaria a Rússia por conta da guerra na Ucrânia. “Concluímos agora a nossa saída da Rússia. Os desenvolvimentos recentes demonstram os desafios significativos enfrentados pelas grandes empresas industriais ao saírem da Rússia. Embora tenha demorado muito mais tempo do que esperávamos, esta transação garante a subsistência dos nossos funcionários e permite-nos sair do país de forma responsável”, anunciou nesta sexta-feira o CEO e Presidente do Conselho Executivo da Heineken, Dolf van den Brink.

A empresa líder na Rússia em produção de cosméticos, utensílios domésticos e embalagens metálicas para bens de consumo rápidos, como latas, é o Grupo Arnest, que adquiriu as operações da Heineken no país.

A Heineken prevê uma perda de 300 milhões de euros, equivalente a R$ 1,6 bilhão, ao vender suas operações por um valor simbólico. No entanto, a empresa assegura que essa transação terá um impacto insignificante no lucro por ação diluído e que suas perspectivas para 2023 permanecem inalteradas. Segundo a agência de notícias holandesa ANP, o mercado russo representava menos de 2% das vendas globais da Heineken.

Após a negociação, o Grupo Arnest adquiriu sete cervejarias da Heineken na Rússia e concordou em manter os 1,8 mil funcionários da empresa empregados por um período adicional de três anos. A produção e venda de cervejas da marca Heineken já haviam sido interrompidas na Rússia desde o ano passado. Além disso, a produção da Amstel, que também faz parte do mesmo grupo, será encerrada nos próximos seis meses.

“Nenhuma outra marca internacional será licenciada na Rússia, com exceção de uma licença de 3 anos para algumas marcas regionais menores, que são necessárias para garantir a continuidade dos negócios e a aprovação segura da transação. A Heineken não fornecerá suporte à marca e não receberá receitas, royalties ou taxas da Rússia. Não há opção de compra para retornar à Rússia”, informou a empresa.


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