Portarias publicadas no DOU afastam definitivamente os dois ex-integrantes do governo Bolsonaro
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou nesta quarta-feira (3) a saída de Alexandre Ramagem e Anderson Torres dos quadros da Polícia Federal. A medida, oficializada em duas portarias divulgadas no Diário Oficial da União logo pela manhã, encerra a permanência dos dois delegados na corporação. Ambos foram condenados por participação na tentativa de golpe de Estado, embora sigam alegando inocência.
Trajetórias dentro do governo Bolsonaro
Antes das demissões, Ramagem e Torres já haviam ocupado funções estratégicas durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ramagem chefiou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, atualmente, exerce mandato como deputado federal. Ele se encontra nos Estados Unidos acompanhado da família e recebeu pena de 16 anos de prisão, acusado de usar a Abin para fins ilícitos.
Torres, por sua vez, comandou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Em 2023, atuava como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram os ataques de 8 de janeiro. Condenado a 24 anos de prisão, ele está preso no prédio da Polícia Militar localizado no Complexo Penitenciário da Papuda.
Condenações e vínculo com o núcleo investigado
As sentenças de Ramagem e Torres foram proferidas em setembro deste ano pelo Supremo Tribunal Federal. Ambos integram o chamado Núcleo 1, grupo apontado pela Corte como responsável por articular a tentativa de ruptura institucional. Esse núcleo inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, o ex-comandante Almir Garnier, o general Walter Braga Netto e o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira.
O modelito atual está reproduzindo as práticas da ditadura de 1964.
Bons alunos…