Ministro dos Direitos Humanos defende “regulação” das plataformas digitais após suicídio de jovem
No sábado, 23, Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, expressou sua opinião sobre o falecimento de Jéssica Vitória Canedo e apoiou a necessidade de regulamentação das plataformas digitais. A jovem de 22 anos tirou a própria vida após a propagação de uma notícia falsa no Choquei e em outros perfis de fofoca.
Em publicação no X, o antigo Twitter, Silvio Almeida afirmou que a “irresponsabilidade das empresas que regem as redes sociais” em divulgar conteúdos falsos “tem destruído famílias e impossibilitado uma vida social minimamente saudável”.
“Por isso, volto ao ponto: a regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório, sem o qual não há falar-se em democracia ou mesmo em dignidade. O resto é aposta no caos, na morte e na monetização do sofrimento”, escreveu o ministro.
Jéssica teve seu nome mencionado no perfil Choquei e em outras publicações de fofoca devido a rumores de um envolvimento com o humorista Whindersson Nunes. Ambos negaram qualquer tipo de relação entre eles.
Em publicação no Instagram, Jéssica chegou a afirmar que estava recebendo mensagens de ódio. Whindersson afirmou desconhecer a jovem: “Isso é um print fake”, escreveu.
O PT considera crucial que o projeto de lei das Fake News( censura) seja uma das principais pautas do Legislativo em 2024, pois a votação da proposta foi constantemente postergada ao longo deste ano.
De acordo com o relatório do deputado Orlando Silva (PCdoB), o projeto propõe que as grandes empresas de tecnologia sejam responsabilizadas legalmente por publicações impróprias feitas por seus usuários. Além disso, o texto afirma que, caso ocorra o patrocínio de informações falsas, ou seja, quando um usuário paga à plataforma para que o conteúdo seja divulgado para um maior número de pessoas, a empresa também será considerada co-responsável pela publicação.