Ministro celebra “vitória do Judiciário” e diz que Brasil não se vergará a pressões externas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agradeceu publicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, 12, após o governo dos Estados Unidos remover seu nome — e o de seus familiares — da Lei Magnitsky. A declaração ocorreu durante evento do SBT News, onde Moraes classificou a reversão das sanções como uma “vitória do Judiciário brasileiro”.
Moraes fala em vitória institucional e soberania
Em seu discurso, o ministro afirmou que o Judiciário “não se vergou a ameaças” e destacou a atuação do governo brasileiro na proteção da soberania nacional.
“Vitória do Judiciário brasileiro”, afirmou. “O Judiciário brasileiro que não se vergou a ameaças, a coações, e não se vergará, e continuou com imparcialidade, seriedade e coragem. A vitória da soberania nacional.”
Moraes enfatizou que Lula rejeitou desde o início qualquer interferência externa:
“O presidente Lula, desde o primeiro momento, disse que o país não iria admitir qualquer invasão na soberania brasileira. Mas, mais do que tudo isso, a vitória da democracia.”
Ministro elogia atuação de Lula
O magistrado também fez elogios diretos ao desempenho do presidente na condução da crise diplomática gerada pelas sanções americanas:
“A verdade é que, com o empenho do presidente Lula e de toda a sua equipe, a verdade prevaleceu. E nós podemos dizer, com humildade, mas com satisfação, que foi uma tripla vitória: a vitória do Judiciário brasileiro.”
EUA recuam após pressão política
Mais cedo, o governo Donald Trump recuou da decisão de sancionar Moraes — medida que havia sido articulada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista Paulo Figueiredo após o ministro determinar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro em agosto.
Com a reversão, também foram retirados da lista a esposa do ministro e a empresa familiar Lex Institute.
Moraes reforça mensagem sobre democracia e imprensa
Ao final de sua fala, Moraes voltou ao tema da soberania e exaltou as instituições brasileiras:
“O Brasil chega hoje, no quase final de ano, dando exemplo de democracia e força institucional a todos os países do mundo. E isso também muito graças à liberdade de imprensa.”