Naime Disse Na CPMI Que Ligou Para Cappelli Naime Disse Na CPMI Que Ligou Para Cappelli

Na CPMI, ex-comandante da PMDF diz que ligou para Cappelli em 8 de janeiro, mas não foi atendido

Jorge Naime disse que, assim que ficou sabendo que Ricardo Cappelli era interventor, entrou em contato, mas não teve resposta

Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 26 de janeiro, o coronel Jorge Eduardo Naime, que já foi chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal, relatou que, apesar de ter tentado entrar em contato com Ricardo Cappelli, o então interventor federal no DF, não obteve resposta no dia dos atos de vandalismo. Naime não estava trabalhando no domingo em que os vândalos invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, mas foi convocado a comparecer ao local após a manifestação se tornar violenta.

No começo da noite de 8 de janeiro, quando a situação na Esplanada se tornou caótica e as sedes dos Três Poderes foram invadidas, Cappelli foi designado como interventor federal no DF.

“Fernando Neto [assessor do PT para a transição de governo] me ligou e falou: ‘Coronel, você está na Esplanada? Vá e me mantenha informado porque eu vou manter o governo informado sobre o que está acontecendo’. Eu fui para a Esplanada, cheguei lá e ele [Fernando Neto] me informou que tinha sido decretada a intervenção e me passou o número do Ricardo Cappelli. De imediato, liguei para o Cappelli, que não me atendeu. Então, mandei uma mensagem e não recebi resposta dessa mensagem”, afirmou o coronel.

De acordo com o policial, havia um plano de ação para a manifestação e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possuía informações precisas sobre o evento às 10h do dia 8 de janeiro, porém não foram tomadas medidas preventivas.

Ou as agências de informação não passaram isso para o secretário e para o comando geral, ou passaram e eles ficaram inertes, não tomaram providências, porque eles tiveram cinco horas para tomar providência a partir do momento em que receberam a informação.

JORGE NAIME, EX-COMANDANTE DO DOP DA PMDF

De acordo com Naime, existia um grupo no WhatsApp destinado a monitorar as manifestações, no qual um membro do Departamento de Operações da Polícia Militar estava presente.

Naime estava de folga em 8 de janeiro. Segundo ele, as férias estavam marcadas há um ano e que, na semana dos atos de vandalismo, estava fazendo exames médicos. “Eu estava doente, no meu limite. Tirei essa semana para fazer exames médicos, estava pré-diabético, isso está nos autos”, afirmou.


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