Nicolás Maduro Nicolás Maduro

ONU revela ‘aumento alarmante’ de desaparecimentos forçados na Venezuela

Opositores do ditador Nicolás Maduro são os principais alvos da perseguição

Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório divulgado na terça-feira 30, alertaram sobre um “aumento alarmante” nos casos de desaparecimentos forçados na , sob a ditadura de .

Os integrantes do grupo de trabalho, Aua Baldé, Gabriella Citroni, Angkhana Neelapaijit, Grażyna Baranowska e Ana Lorena Delgadillo Pérez, afirmaram que “Desde dezembro de 2023, tem-se registado um aumento alarmante de desaparecimentos forçados que afetariam os cidadãos que exercem o seu direito à liberdade de expressão, associação e participação em assuntos de interesse público”.

O documento indica que a maioria dos desaparecimentos forçados envolve membros do partido político de oposição principal e militares, o que pode interferir no voto livre nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. “Enquanto o país se prepara para as eleições presidenciais de julho , estes desaparecimentos forçados podem ter um efeito dissuasor e prejudicar o direito da população de votar livremente.”

As especialistas, em uma outra parte, esclarecem que as “detenções prolongadas e incomunicáveis equivalem a desaparecimentos forçados”. “Parecem seguir um padrão segundo o qual as pessoas são privadas da sua liberdade pelas autoridades estatais, levadas para centros de detenção reconhecidos e aí privadas dos seus direitos fundamentais, como o contato com o mundo exterior e o acesso à assistência jurídica.”

Impunidade em Crimes Políticos na Venezuela

O documento da ONU enfatiza também que a falta de punição para esses enfraquece a fé no Estado de Direito e nas instituições, perpetuando um ambiente de medo e insegurança na sociedade.

No final, as especialistas apelaram ao regime venezuelano para prevenir, eliminar e julgar todos os atos de “desaparecimento forçado”, fornecendo informações sobre os detidos e assegurando seus direitos legais.

O conjunto de colaboradores também relatou que estabeleceu comunicação com a ditadura de Maduro, expressando sua disponibilidade para oferecer cooperação e assistência técnica. Isso foi feito “com vista a garantir que os direitos humanos das pessoas privadas de liberdade sejam respeitados” e para assegurar que qualquer situação de desaparecimento forçado seja investigada conforme o direito internacional.

Na Venezuela, existe um ambiente intenso de perseguição aos oponentes de Maduro. Machado, líder da oposição, foi considerada inelegível por um tribunal eleitoral alinhado ao regime e proibida de participar das eleições; Corina Yoris, indicada por Machado, também foi impedida. Recentemente, houve a retirada de cinco candidatos da eleição. Além disso, vários opositores têm sido detidos. As informações são da Revista Oeste.


Veja também

  1. Maduro é só uma peça deste sistema podre, para dizer o mínimo, chamado esquerda. Tivemos a mesma situação aqui. O sistema é muito maior e se recompõe. O que precisa ser extirpado é o sistema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *