Suspeito teria declarado que “não gostava de crentes”; vítimas eram membros ativos da Congregação Cristã
Um homem de 52 anos e seu filho de 17 foram mortos na noite de sábado (6) na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A Polícia Civil do Paraná apura se o duplo homicídio foi motivado por intolerância religiosa, já que o principal suspeito — vizinho das vítimas — teria afirmado que “não gostava de crentes”.
Vítimas participavam da Congregação Cristã
As vítimas, identificadas como Claudecir Costa Lima (52) e Felipe Willyan Cardoso (17), eram frequentadores da Congregação Cristã no Brasil e atuavam ativamente em cultos e atividades da igreja da comunidade onde viviam.
Segundo testemunhas, pai e filho chegavam em casa quando foram surpreendidos pelo vizinho armado, que abriu fogo contra ambos. Claudecir morreu no local; Felipe chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Suspeito se entrega e admite o crime
Após fugir, o autor dos disparos se apresentou espontaneamente à delegacia algumas horas depois. Ele confessou o duplo homicídio e confirmou que havia desavenças com a família, supostamente ligadas à fé professada pelas vítimas.
O delegado responsável informou que o inquérito apura homicídio duplamente qualificado, com possibilidade de agravante por motivo torpe caso a motivação por intolerância religiosa seja confirmada.
“As primeiras informações indicam que o suspeito nutria aversão aos ‘crentes’, como ele mesmo declarou. Estamos reunindo provas e ouvindo testemunhas para confirmar essa motivação”, afirmou.
Perícia e andamento das investigações
Agentes do Instituto de Criminalística fizeram perícia na cena do crime. A arma usada nos disparos e projéteis encontrados foram apreendidos e passarão por exame balístico, cujos resultados devem sair nos próximos dias.
O corpo de Claudecir foi levado ao IML de Curitiba para necropsia. Pai e filho foram velados e sepultados no domingo (7), em cerimônia que reuniu dezenas de fiéis e moradores da região.
A delegacia solicita que possíveis testemunhas procurem a unidade ou enviem informações pelo disque-denúncia, com garantia de sigilo.