Sergio Moro Filiou Se Ao Podemos Em Outubro De 2021 Foto EFE Joédson Alves Sergio Moro Filiou Se Ao Podemos Em Outubro De 2021 Foto EFE Joédson Alves

Partido de Moro é condenado a devolver R$ 1,2 milhão à União

O Tribunal Superior Eleitoral apontou “irregularidades graves”

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovou as contas do Podemos relativas às eleições de 2018. Em uma determinação desta terça-feira (29), a Corte condenou o partido à devolução de R$ 1,2 milhão por omissão e descumprimento dos valores destinados à cota de gênero. O partido abriga o ex-juiz como pré-candidato à Presidência da República.

O tribunal também suspendeu o recebimento de novas cotas do fundo partidário por 2 meses, a ser cumprido de forma parcelada por 4 meses. Para a maioria dos ministros que compõem a Corte, houve omissão de despesas na prestação de contas final da agremiação, uma “irregularidade grave”, capaz de causar a desaprovação das contas.

– Além do alto valor absoluto das irregularidades, que somam R$ 1.227.547,27, o partido também descumpriu o repasse do percentual mínimo de 30% da cota de gênero e omitiu gastos eleitorais que configuraram doação por fonte vedada, falhas de natureza grave – afirmou o relator, ministro Mauro Campbell Marques.

Além do relator, quatro ministros votaram pela desaprovação das contas da legenda: Benedito Gonçalves, Sérgio Banhos, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Os ministros Edson Fachin, presidente do TSE, e Carlos Bastide Horbach votaram pela aprovação, com ressalvas.

De acordo com o relatório de Campbell, o Podemos também descumpriu o prazo para apresentação das contas, omitiu receitas na prestação parcial, e registrou de forma incorreta algumas despesas.

– As falhas verificadas denotam o malferimento à transparência, à lisura e ao indispensável zelo com recursos públicos – completou Campbell.

O partido afirmou por meio de nota, que irá recorrer da decisão.

– O partido vai recorrer da decisão com base nas informações do próprio órgão técnico do tribunal e nas decisões favoráveis dos ministros Edson Fachin e Horbach, que entendem que o resultado do julgamento está em dissonância com o entendimento da corte. Ressalte-se que as supostas irregularidades recaem apenas sobre 2,9% na prestação de contas, volume pouco expressivo diante do montante em análise – diz o comunicado.


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