Joe Biden, Presidente Dos Estados Unidos Foto EFEEPASHAWN THEW Joe Biden, Presidente Dos Estados Unidos Foto EFEEPASHAWN THEW

Sob tensão com China, EUA testam míssil intercontinental

Militares estadunidenses negam intenção de “demonstrar força” diante da movimentação militar chinesa em Taiwan

O comando da Força Aérea dos realizou um lançamento-teste de um míssil balístico intercontinental Minuteman III, com capacidade nuclear, nesta terça-feira (16). O exercício foi realizado semanas após o Pentágono adiar um lançamento-teste que já estava agendado, em meio a escalada militar da em , após a visita de Nancy Pelosi à ilha ao sul de Pequim.

O míssil não municiado foi disparado da base da Força Aérea em Vandenberg, na Califórnia, às 00h49 (04h49 em Brasília), e viajou cerca de 6.800 km até atingir o atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall.

De acordo com o comunicado divulgado pelos militares, o lançamento foi realizado para “demonstrar a prontidão das forças nucleares dos EUA e prover segurança sobre a letalidade e efetividade da dissuasão nuclear da nação”; mas o texto nega qualquer intenção de “demonstrar força” diante da movimentação militar chinesa em Taiwan.

– Este lançamento-teste faz parte de atividades rotineiras e periódicas destinadas a demonstrar que a dissuasão nuclear dos Estados Unidos é segura, confiável e eficaz para deter as ameaças do século XXI e tranquilizar nossos aliados. Tais testes ocorreram mais de 300 vezes antes, e este teste não é o resultado de eventos mundiais atuais – diz a nota.

O major Armand Wong, comandante da força-tarefa que conduziu o teste, afirmou que os lançamentos são programados com antecedência, e não são reações aos eventos mundiais.

– Um processo de planejamento meticuloso para cada lançamento começa de seis meses a um ano antes do lançamento. Nossos melhores aviadores trabalharam em conjunto com o 576º Esquadrão de Teste de Voo para mostrar com orgulho algumas habilidades muito técnicas que compõem o coração de nossa missão de dissuasão nuclear – disse.

TESTES ENTRE TENSÕES

Apesar da retórica dos militares americanos, o disparo do míssil em direção ao Pacífico é mais um fator a ser observado pela China, que acusa os EUA de acirrarem as tensões com o país. Pequim, que entendeu a visita de Pelosi a Taiwan no começo do mês como uma “provocação” e respondeu com exercícios militares, também viu no fim de semana o desembarque de parlamentares americanos, parte de uma comissão interpartidária liderada pelo senador democrata Ed Markey.

Os exercícios militares da China em resposta à visita da presidente da Câmara dos EUA a Taiwan, com o disparo de mísseis e envio de navios de guerra e aviões de guerra, foram considerados os maiores da história chinesa.

Na última quarta-feira (10), autoridades chinesas repetiram ameaças contra Taiwan. Em um documento oficial do Gabinete de Assuntos de Taiwan, o governo chinês fala em trabalhar por uma “reunificação pacífica” mas não descarta a possibilidade de usar a força caso veja necessidade.

– (Pequim) trabalhará com a maior sinceridade e exercerá nossos maiores esforços para alcançar a reunificação pacífica. Mas não renunciaremos ao uso da força e nos reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias. Isso é para se proteger contra interferências externas e todas as atividades separatistas – diz o documento.


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