Ex Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva Foto EFE Juan Ignacio Roncoroni Ex Presidente Luiz Inácio Lula Da Silva Foto EFE Juan Ignacio Roncoroni

TSE ordena remoção de posts com “desinformação” sobre Lula

Redes sociais terão prazo de até 24 horas para cumprir a decisão

O Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo determinou neste sábado (27), a exclusão imediata de postagens feitas em redes sociais com informações “inverídicas” relacionados aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva, candidato à Presidência. A decisão deverá ser cumprida pelo Facebook, Instagram, Tik Tok, YouTube e Gettr. As empresas terão o prazo de até 24 horas para cumprir a decisão.

A representação foi proposta pela Coligação Brasil da Esperança. Segundo documento, políticos e influenciadores digitais publicaram matérias com fatos sabidamente inverídicos e propagando notícias falsas, analisados por agências de checagem.

As postagens atribuem a Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula e Rousseff, um áudio onde ele supostamente teria responsabilizado os governos do PT pela alta dos combustíveis. O conteúdo das publicações, segundo o despacho, transmite a mensagem de que “nenhum presidente tem a possibilidade de controlar os preços da Petrobras porque os governos do PT roubaram a estatal”.

– Verifica-se, de plano, que as publicações impugnadas, embora em formatos diversos, são inverídicas, pois Aldo Rebelo não gravou o áudio impugnado – disse o ministro em sua decisão, citando que Rebelo negou, por meio de seu perfil no Twitter, a autoria dos supostos áudios.

O ministro afirma que a legislação é “categórica ao dispor que a manifestação do pensamento deve ser limitada no caso de ofensa à honra de terceiros ou de divulgação de fatos sabidamente inverídicos”.

– A norma busca evitar a proliferação de notícias falsas ou desinformação que, de algum modo, possam afetar a higidez do processo eleitoral. As publicações impugnadas, de fato, são manifestamente inverídicas, resultando, em alguma medida, repercussão ou interferência negativa no pleito, o que é objeto de preocupação da Eleitoral – argumenta.

O ministro Raul Araújo ainda sustenta que a proteção da veracidade da informação e da honra dos atores do processo eleitoral é uma diretriz para que a exerça papel de reguladora.

– Sua atuação deve coibir práticas abusivas ou divulgação de notícias falsas, de modo a proteger a honra dos candidatos e garantir o livre exercício do voto – disse.


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