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WhatsApp pode abandonar o Reino Unido

Aplicativo de mensagens é alvo de projeto de lei no Parlamento britânico

Um projeto de lei em tramitação no Parlamento do Reino Unido pode resultar na saída do WhatsApp do mercado britânico. Segundo o jornal The Guardian, a equipe do aplicativo de mensagens vê com temor o avanço da proposta. De acordo com a big tech, a cibersegurança e a privacidade dos usuários estão em jogo.

O projeto em questão está em discussão há cerca de quatro anos. Entre outros pontos, a proposta dá ao Escritório de Comunicação do Reino Unido, a Ofcom (na sigla em inglês), o poder de determinar regras para que aplicativos de mensagens instantâneas e plataformas de redes sociais ajudem a combater a disseminação de alegados conteúdos sobre questões como terrorismo e pedofilia, por exemplo.

Entre as normas previstas está a aplicação de multa de até 10% sobre o faturamento global das big techs que não cumprirem as determinações. O texto, que conta com mais de 250 páginas, afirma que as empresas de mídias digitais devem oferecer “melhores serviços” para estar em acordo com a eventual futura lei.

Em comunicado divulgado no mês passado em conjunto com outras companhias, o WhatsApp ressaltou que seu formato se baseia na criptografia, que não é descrita no projeto. “E, se implementado como está escrito, pode capacitar a Ofcom a tentar forçar a varredura proativa de mensagens privadas em serviços de comunicação criptografados de ponta a ponta, anulando o propósito da criptografia de ponta a ponta e comprometendo a privacidade de todos os usuários”, afirmou a big tech.

Executivo do WhatsApp sinaliza: app pode deixar o Reino Unido

Mais do que alegar que o projeto de lei tende a obrigar o WhatsApp a interferir na cibersegurança e na privacidade de seus usuários, o chefe do aplicativo de mensagens, Will Cathcart, deu sinais de que a retirada do serviço do mercado britânico pode surgir como a única alternativa viável para a empresa.

“Noventa e oito por cento de nossos usuários estão fora do Reino Unido”, afirmou Cathcart, em entrevista concedida ao The Guardian em março. “Seria uma escolha estranha para nós escolhermos reduzir a segurança do produto de uma forma que afetaria esses 98% dos usuários”, complementou o executivo, ao afirmar que o app não teria como fazer mudanças na parte de privacidade apenas para o público do Reino Unido. As informações são da Revista Oeste.


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