Menino apresenta sinais de cansaço após consumo de bebida com raspas de gelo e refrigerante; glicerol é apontado como causador do problema
Um quase fatal incidente ocorreu com uma criança de 4 anos após ingerir uma “raspadinha”, bebida feita de raspas de gelo e refrigerante, em Nuneaton, Inglaterra. De acordo com a mãe do menino, em entrevista ao Daily Mail, a reação adversa foi causada por intolerância ao glicerol.
Segundo relato de Beth (a mãe), Albie (o garoto) começou a sentir-se mal somente meia hora após ingerir a bebida. Ele teria experimentado alucinações, desfalecido e se arranhado após ter um surto.
“Ele e o amigo beberam as raspadinhas e, depois disso, ele estava feliz e animado. Por volta das 16h15, ele começou a ficar um pouco cansado e agitado, não queria mais brincar”, detalhou a mãe. “Só pensávamos que ele estava cansado e que tinha tido uma semana longa na escola. Quando entrou no carro, ficava repetindo que estava cansado. Fisicamente não conseguia se manter acordado, sua cabeça continuava caindo”, relembra.
A criança foi transportada para o hospital e necessitou de ressuscitação após entrar em estado de inconsciência devido a hipoglicemia. Logo, foi comunicado aos pais de Albie que o menor padecia de “intolerância ao glicerol”.
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Albie não foi o único, nem o primeiro menino a sofrer uma crise após ingerir a bebida. No mês anterior, um garoto de 3 anos tinha mostrado sintomas parecidos de envenenamento por glicerol.
Devido aos perigos, a Food Standards Agency (FSA) já tinha divulgado diretrizes para a indústria sobre o glicerol, recomendando que essas bebidas não fossem comercializadas para crianças com menos de quatro anos.
Segundo a entidade governamental, a intoxicação por glicerol em níveis extremamente elevados pode resultar em choque, hipoglicemia e perda de consciência.
O aditivo que proporciona o efeito de “granizo” nas bebidas para crianças é o glicerol. Apesar de normalmente apresentar baixa toxicidade, existem preocupações acerca dos efeitos deste em crianças pequenas quando ingerido em grandes quantidades num curto espaço de tempo.
Beth concluiu: “O médico nos disse que se tivéssemos levado o Albie para casa em vez do hospital, ele teria morrido”. Após três dias de internação, a criança foi liberada. “Fiquei com raiva por tudo isso ter sido causado por algo tão simples. Sou uma mãe consciente do que meu filho consome”, ela expressou ao final.