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Alexandre Moraes diz que é ‘prematuro’ tirar do STF investigação contra empresários pró-Bolsonaro

De acordo com Moraes, o envio da apuração para outra instância da Justiça seria “prematuro”.

Nesta quarta-feira (14), o ministro do Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou um pedido para que fosse enviada à Federal em a investigação sobre empresários pró-Bolsonaro.

A defesa do empresário Luciano Hang, um dos alvos da investigação, alegou que o caso não é de competência do STF, porque não envolve pessoas com prerrogativa de foro na Corte e não há elementos que liguem o grupo de empresários a ação de uma suposta “milícia digital”.

Ainda segundo a defesa de Hang, nenhuma das mensagens trocadas no grupo de WhatsApp que deu origem à investigação ameaça a vida ou a dignidade de qualquer um dos ministros do STF, configurando-se como exercício regular do direito de crítica e de liberdade de expressão. As informações são da GazetadoBrasil.

De acordo com Moraes, o envio da apuração para outra instância da Justiça seria “prematuro”.

Isso porque, segundo ele, a Polícia Federal (PF) ainda analisa as provas reunidas durante a ação de busca e apreensão e terá que avaliar se há conexão com outros fatos apurados no STF sobre uma suposta “milícia digital” que atua contra as instituições e a democracia.

“Ainda que esta investigação se encontre em fase inicial, seria absolutamente prematuro proceder ao declínio de competência desta Suprema Corte, ainda mais em momento anterior à análise, pela Polícia Federal, dos elementos colhidos a partir das buscas e quebras de sigilo realizadas nos autos”, escreveu o ministro do STF na decisão.

Nos pedidos de busca e apreensão de celulares e de quebra de sigilo de mensagens dos empresários, a PF afirmou ao STF que as investigações apontam riscos para as instituições democráticas diante da mobilização do grupo.

Os alvos foram: Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, do grupo Multiplan; José Koury, dono do Shopping Barra World; Luciano Hang, da Rede Havan; Luiz André Tissot, da Indústria Sierra; Marco Aurélio Raymundo, da Rede Mormaii; e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

A PF afirma que “um grupo de empresários, a pretexto de apoiar a reeleição para presidente de Jair Messias Bolsonaro, demonstra aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação especializada ora investigada no bojo do inquérito das milícias digitais, suspeitas de atuarem contra os poderes da República e a democracia”.

Os investigadores da corporação afirmam que o objetivo é “atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização, gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da República, além de outros crimes”.

Ao atender os pedidos da PF, Moraes citou uma possível conexão da atuação dos empresários com o modelo de financiamento de atos contra a democracia já investigados.

Investigadores apontam que há indícios de que as mensagens trocadas fazem parte de um contexto mais amplo de atuação ilegal.


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  1. Quando foi com o nine, num instantinho o processo pode ser anulado e voltar para a 1a instância, já que haviam “outros interesses”…..

  2. Engraçadinho: STF é a última instância, ou seja, deveria ser o último a se manifestar.
    Ele pega o troço primeiro quando deveria ser o último e quando é mandado fazer a coisa direito vem com essa.
    Tudos deveria ir para primeira instância e se, tivesse alguma ligação que justificasse enviar para instâncias superiores, essa primeira qeu deveria fazer e não o contrário.
    É o posto mijando no cachorro.

  3. Será que um dia vamos ver a Justiça ser feita contra esses demônios de toga??
    Será que o medo deles de que o Presidente seja reeleito e com ele mais 27 novos senadores e coloque em pautas os Impeachment que está parado??
    É isso o medo deles??
    De serem presos pelos absurdos feitos diariamente?

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