Eduardo Tagliaferro Eduardo Tagliaferro

Após prisão na Itália, advogado de Tagliaferro afirma que provas estão preservadas

Defesa diz que ex-assessor de Moraes no TSE já esperava riscos e que sua missão não terminou

O advogado Eduardo Kuntz, responsável pela defesa do perito Eduardo Tagliaferro, utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (1º) para comentar a detenção de seu cliente, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na nota, Kuntz ressaltou que a não compromete o material reunido por Tagliaferro:

“Eduardo Tagliaferro foi detido na . A notícia pode causar preocupação, mas é preciso deixar algo muito claro: as provas que ele reuniu estão seguras e intocáveis. Desde o início, Eduardo sabia dos riscos que corria. Ele mesmo já havia alertado que, se um dia tentassem calá-lo, outros dariam continuidade ao seu trabalho e garantiriam que nada fosse escondido.”

“A história não se encerra aqui”

O advogado acrescentou que a detenção mostra que as denúncias feitas pelo perito “incomodam poderosos” e reforçou que a tentativa de silenciá-lo não terá êxito.

“O silêncio que tentam impor a ele não vai apagar a verdade. As provas permanecem guardadas e, mais cedo ou mais tarde, virão à tona. Essa história não se encerra aqui. Ela apenas se fortalece”, concluiu Kuntz.

Circunstâncias da detenção

A primeira confirmação da prisão foi dada pelo advogado Fabio Pagnozzi, que relatou ter recebido uma ligação do próprio Tagliaferro logo após o ocorrido.

Segundo Pagnozzi, policiais foram até a residência do perito e o levaram sem apresentar mandado judicial ou indicar o destino da condução. Ele afirmou ainda que os agentes justificaram a ação como cumprimento de uma “notificação de residência” — termo que, segundo o advogado, “não existe na legislação italiana”.

“As autoridades chegaram na casa dele, o levaram sem nenhum mandado, sem dizer para onde o estavam levando. Disseram [os policiais] que estavam cumprindo uma notificação de residência, isso não existe aqui na Itália, não deixaram sua esposa acompanhá-lo, então ele ligou para os advogados, para o Pieremilio, para mim”, relatou Pagnozzi em suas redes sociais.


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