Vereador afirma ser “impossível ignorar” o estado de saúde do ex-presidente e cobra cuidados médicos contínuos
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou, nesta sexta-feira (12), um vídeo que expõe o delicado estado de saúde de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas imagens, registradas antes da prisão, o ex-chefe do Executivo aparece dormindo enquanto enfrenta uma crise de soluço, reação que Carlos atribui às sequelas da facada sofrida em 2018.
Carlos: “A realidade é impossível de ignorar”
Ao comentar o vídeo, Carlos Bolsonaro afirmou que o pai necessita de “cuidados médicos 24 horas por dia” e relatou episódios que, segundo ele, representam risco real e imediato à vida do ex-presidente.
Ele disse que reluta em expor a situação, mas que os sinais clínicos não podem mais ser ignorados:
“Porque é doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente, quando estou com ele. Mas a realidade é impossível de ignorar.”
O vereador alertou para o perigo de uma possível broncoaspiração causada por refluxo, que poderia gerar complicações graves sem acompanhamento contínuo:
“Sem cuidados médicos contínuos, acompanhamento ininterrupto e ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada.”
Eu não pretendia tornar público um vídeo que expõe meu pai em mais uma situação terrível como os reflexos da facada que levou de antigo integrante do PSOL – o fato exposto registrado antes da sua prisão arbitrária se faz necessário e me dilacera de forma que não sei explicar -… pic.twitter.com/zzAYDddGpv
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) December 12, 2025
Moraes exige perícia da PF antes de autorizar cirurgias
Na quinta-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica oficial em Bolsonaro antes de decidir se autoriza as cirurgias solicitadas por sua defesa. O laudo deve ficar pronto em até 15 dias.
No despacho, Moraes afirmou que, quando Bolsonaro foi preso em 22 de novembro, passou por exame médico-legal que não indicou necessidade de intervenção cirúrgica imediata.
Segundo o ministro, os exames apresentados pela defesa são antigos e não demonstram urgência comprovada.
A defesa do ex-presidente pede cirurgia e prisão domiciliar humanitária, alegando agravamento do quadro clínico.