Os Ministros Flávio Dino E Alexandre De Moraes, Do STF Os Ministros Flávio Dino E Alexandre De Moraes, Do STF

Dino e Moraes reagem após Mendonça acusar STF de ativismo judicial

Debate se intensifica após fala de Mendonça sobre julgamento do artigo 19 do Marco Civil da Internet

A sessão desta terça-feira, 18, no Tribunal Federal, que terminou com a condenação de nove integrantes do núcleo militar da suposta tentativa de golpe, acabou abrindo espaço para um embate entre . e Alexandre de Moraes responderam publicamente às críticas feitas por sobre o relacionado ao artigo 19 do Marco Civil da Internet.

As declarações de Mendonça ocorreram no dia anterior, durante um evento do grupo empresarial Lide, em São Paulo. Ele afirmou que o STF teria criado “restrições sem lei” ao ampliar a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos de terceiros — tese rejeitada por 8 votos a 3 no plenário.

Mendonça fala em “ativismo judicial” e critica colegas

No julgamento, Mendonça abriu a divergência e votou por manter as regras atuais, que só responsabilizam empresas quando há descumprimento de ordem judicial. No evento, reforçou sua discordância e declarou que a decisão representava “ativismo judicial”, defendido por “muitos colegas”, segundo suas palavras. Para ele, a Constituição “não autoriza” esse tipo de postura.

Dino rebate: termo busca enfraquecer Tribunal

A fala provocou reação imediata. Flávio Dino afirmou que chamar o Supremo de ativista não passa de uma tentativa de desgastar a imagem da Corte. Classificou o rótulo como expressão vazia:

Isso é tão consistente quanto a espuma das ondas que quebram na praia. O que fazemos aqui é aplicar as leis”, disse. Dino afirmou considerar críticas legítimas, mas rejeitou qualquer tentativa de enquadrar o Tribunal sob esse termo.

Moraes também contesta e fala em mistura de interesses

Alexandre de Moraes reforçou a crítica à acusação e afirmou que o debate público sobre o tema costuma confundir interesses econômicos e ideológicos. Para ele, a narrativa sobre ativismo judicial é criada para desviar a atenção:

O ativismo comercial precisa que se fale do ativismo judicial. É levantar algo que não existe”, declarou.

Decisão criticada revisa modelo do Marco Civil

A controvérsia gira em torno de julgamento realizado no início de outubro. Na ocasião, a maioria do STF avaliou que o modelo de 2014 para proteção de direitos fundamentais no ambiente digital já não respondia aos desafios atuais. Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, relatores das ações, defenderam que o avanço tecnológico exige novas formas de responsabilização das plataformas.


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