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Do Val vai pedir afastamento de Moraes na relatoria de inquérito

Do Val pediu que a Polícia Federal acessasse todas as mensagens trocadas com Moraes e com o ex-deputado.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) declarou que vai pedir à Procuradoria-Geral da República o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Federal (STF), da relatoria do inquérito dos “atos antidemocráticos”. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 3.

Segundo o parlamentar, o magistrado não o orientou a formalizar seu depoimento sobre a suposta reunião que aconteceu entre ele, o ex-presidente e o ex-deputado (PTB-RJ). “Não fui orientado nem em mensagens, nem no encontro presencial”, disse Do Val em entrevista à CNN Brasil.

Durante uma videoconferência do Lide Brazil Conference nesta mesma sexta-feira, Moraes disse que, ao ser procurado por Do Val, pediu que o parlamentar formalizasse seu depoimento. “Indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel, que eu tomaria imediatamente o depoimento dele”, contou o ministro. “O senador me disse que isso era uma questão de inteligência e que infelizmente não poderia confirmar.”

Conforme o senador, ele enviou uma mensagem ao ministro depois da reunião com e Silveira e só encontrou o magistrado dias depois. “Em momento algum ele me disse para fazer um registro oficial da situação”, ratificou o parlamentar.

Do Val pediu que a Polícia Federal acessasse todas as mensagens trocadas com Moraes e com o ex-deputado. Desse modo, o nome do ministro passaria a fazer parte do inquérito, que agora apura a suposta reunião em que Silveira pedia a ajuda do parlamentar para dar um golpe de Estado. “Como o Moraes vai entrar nos autos, não poderá mais ser relator”, disse o senador.

Reportagem escrita por ex-assessor

O senador ainda revelou que foi “incentivado” a dar a entrevista à revista Veja sobre o ocorrido. O veículo foi o primeiro a noticiar o suposto encontro de Do Val, Bolsonaro e Silveira. O repórter que escreveu a reportagem, Leonardo Caldas Vargas, é ex-funcionário da equipe de comunicação do parlamentar.

“A gravação da entrevista foi feita de forma ilegal, sem minha autorização, pelo meu ex-assessor de comunicação Leonardo, que incentivou a denúncia”, afirmou Do Val. As informações são da Revista Oeste.


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