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Estadão sobre o 1º ano da volta de Lula: ‘Governo sem marca’

Jornal critica falta de projetos efetivos e ausência de pacificação política

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, mesmo após um ano no governo, o presidente Luiz Inácio da Silva ainda não demonstrou claramente seu propósito. Em um editorial, que reflete a opinião do jornal, o Estadão argumenta que a insatisfação é óbvia e, mesmo em setores nos quais o governo demonstrou esforço genuíno, como na área econômica e nas relações exteriores, os resultados foram decepcionantes.

Na Fazenda, o jornal Estadão faz elogios ao ministro Fernando Haddad, porém, expressa ceticismo em relação à sua capacidade de enfrentar a pressão dos membros influentes do Partido dos Trabalhadores nos próximos três anos.

No âmbito das relações internacionais, o jornal menciona a interferência do Brasil em disputas em que a diplomacia brasileira não possuía qualquer habilidade para intervir, assim como a adesão a regimes comunistas autoritários. “Ademais, alinhou o Brasil a blocos claramente enviesados contra o Ocidente, particularmente os EUA”, resume o editorial “O tal ‘Sul Global’ de que Lula tanto fala nada mais é do que o nome fantasia do quintal chinês, onde o Brasil é mero vassalo dos interesses de Pequim.”

Estadão critica Lula por excesso de planos e retóricas

Segundo o jornal, Lula voltou ao poder cheio de orgulho por suas realizações e “segue a cartilha dos líderes que só conseguem enxergar as próprias virtudes, e não raro transfere para ministros a responsabilidade pela ausência de grandes feitos”. “Sobram-lhe planos, retóricas e simbologias. Faltam-lhe projetos compatíveis com os desafios de um Brasil hoje distante de 2002 ou de 2010.”

O jornal Estadão também condena Lula por suas constantes promessas de pacificar e unir o país. “Fiel à sua natureza sindical, optou por continuar a ser uma fonte permanente de divisões.”

A esperança é que “Lula demonstre que não venceu a eleição só para desmoralizar o juiz que mandou prendê-lo”. Porém, o jornal não está convicto de que isso ocorrerá: “Lula conhece não só o poder da esperança, como também a força demolidora do desencanto”. As informações são da Revista Oeste.


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