General Tomás Paiva é citado como possível alvo de novas medidas do governo Trump
O governo dos Estados Unidos estuda retirar o visto do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, segundo reportagem publicada nesta terça-feira (23) pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
De acordo com a apuração, a Casa Branca entende que a nomeação de Tomás Paiva ao cargo teria ocorrido com influência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o que garantiria respaldo da cúpula militar às decisões do magistrado.
Avaliação do Departamento de Estado
Uma análise conduzida pelo Departamento de Estado americano teria identificado que algumas ordens de Moraes — inclusive as que afetaram militares — teriam sido discutidas previamente com o comandante do Exército.
Procurado pelo Metrópoles, o general Tomás Paiva não se manifestou.
Possíveis novas sanções
Segundo a coluna, um integrante do governo Trump reconheceu que novas punições dificilmente alterariam a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de ministros do STF. Ainda assim, a expectativa é de que mais medidas sejam anunciadas nos próximos meses.
Citações em delação de Mauro Cid
O nome de Ribeiro Paiva também apareceu em mensagens obtidas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Em troca de mensagens com o advogado Eduardo Kuntz, defensor de um militar investigado por tentativa de golpe, Cid relatou que o comandante do Exército teria transmitido comentários de Moraes a respeito do ex-presidente.
Segundo a mensagem atribuída a Cid, Moraes teria dito que “o PR [Bolsonaro] acabou com a vida dele”, relato que, de acordo com o delator, lhe foi repassado por Tomás Paiva.