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EUA enviam bombas de fragmentação para Ucrânia, gerando polêmica

As bombas de fragmentação: uma ameaça em potencial para a Ucrânia

Há muito tempo procuradas pela , as bombas de fragmentação são armas que se abrem no ar, liberando submunições ou bombetas, que são dispersadas por uma área ampla e têm como objetivo causar destruição em vários alvos de uma vez.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, anunciou na sexta-feira (7) que o Biden irá enviar uma grande quantidade de munições de fragmentação para a Ucrânia. Ele assegurou que os não permitirão que a Ucrânia fique desprotegida e destacou que Kiev se comprometeu a utilizar essas munições com precaução, apesar das controvérsias em torno delas.

Antes da cúpula da OTAN na Lituânia, o presidente deve responder a perguntas dos aliados sobre a razão pela qual os EUA decidiram enviar uma arma para a Ucrânia, mesmo que a maioria dos membros da aliança tenha proibido seu uso devido ao alto número de vítimas civis que ela causa.

Os Estados Unidos consideram as munições como uma maneira de suprir Kiev com o armamento essencial para fortalecer seu ataque e avançar nas linhas de frente russas. Os líderes americanos discutiram cuidadosamente essa questão durante vários meses antes de Biden tomar a decisão final nesta semana.

Sullivan justificou a escolha, argumentando que os Estados Unidos irão fornecer uma versão da munição com uma taxa menor de “falhas”, ou seja, menos das pequenas bombas deixarão de explodir. Os explosivos não detonados, frequentemente encontrados em zonas de guerra e áreas habitadas por civis, resultam em mortes acidentais.

“Reconhecemos que as munições cluster representam um risco de danos civis devido a explosivos não detonados”, disse ele durante um briefing na Casa Branca. “É por isso que adiamos a decisão pelo maior tempo possível”, disse Sullivan.

Também existe um grande risco de danos civis se as tropas e tanques russos avançarem sobre as posições ucranianas, conquistando mais território ucraniano e subjulgando mais civis ucranianos, pois a Ucrânia não possui artilharia suficiente. Isso é intolerável para nós.

De acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, algumas munições em cluster deixam submunições que possuem uma alta taxa de falha na explosão – em alguns casos, de até 40%. A taxa de munições não detonadas para os explosivos que serão enviados para a Ucrânia é inferior a 3% e, portanto, significa menos bombas não explodidas para potencialmente prejudicar civis.

Uma convenção que proíbe o uso de bombas de fragmentação foi aderida por mais de 120 países que concordaram em não utilizar, produzir, transferir ou estocar essas armas e remover as mesmas após o uso. Os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia estão entre aqueles que não assinaram.

Ryan Brobst, analista de pesquisa da Fundação para Defesa das Democracias, afirmou que, embora a maioria dos membros da OTAN tenha assinado a proibição de munições cluster, alguns dos países mais próximos da Rússia – Estônia, Letônia, Polônia, e Turquia – não o fizeram.


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