Falar em “intervenção na Petrobras” é desinformação, diz Prates

Presidente da Estatal afirma que Controle do Estado Brasileiro Sobre a Companhia é “legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração”

Nesta quarta-feira (13), Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, alegou que os comentários sobre interferência política na empresa são “especulação e desinformação”, com o objetivo de “criar dissidências”.

Em uma publicação na sua conta na rede X, Prates ressaltou que a Petrobras “é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração”.

“Isso não pode ser apontado como intervenção! É o exercício soberano dos representantes do controle da empresa”, continuou.

A declaração do presidente surge em um cenário onde analistas sugerem que a empresa está sofrendo interferência política do governo federal. A crise teve início na quinta-feira (7), depois que a Petrobras anunciou que não distribuirá “dividendos extraordinários” este ano.

De acordo com um comunicado enviado ao mercado, a empresa estatal declarou que o conselho de administração deu permissão para a proposta de pagamento de R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre ser enviada para a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Se o pagamento for aprovado, a empresa desembolsará R$ 72,4 bilhões em dividendos no ano fiscal de 2023.

A reação negativa dos investidores à decisão resultou em uma queda acentuada das ações. Desde a sexta-feira até o encerramento desta quarta-feira, os valores sofreram uma diminuição de quase 10%.

De acordo com a empresa, os dividendos serão retidos para assegurar o pagamento aos acionistas durante os anos de maiores investimentos. A direção da estatal refutou a ideia de que a quantia seria destinada para investimentos ou para a quitação de dívidas.

A decisão foi novamente citada por Prates, que afirmou que “o mercado ficou nervoso esperando dividendos sobre cuja decisão foi meramente de adiamento e reserva”. As informações são da CNN.