Reportagem do Le Monde destaca a ‘importância’ da primeira-dama do Brasil no retorno do petista ao poder
A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, foi tema de uma reportagem do jornal francês Le Monde. A matéria apresenta uma foto de Janja vestida de indígena e fazendo o gesto do coração com as mãos, e a chama de “vice-presidente” do presidente Lula.
O texto destaca a influência de Janja na formação do governo federal e menciona a indicação da cantora Margareth Menezes para o Ministério da Cultura.
O texto menciona que a primeira-dama do Brasil, Janja, não se pronunciou sobre as demissões de mulheres do governo e o jornal Le Monde também não abordou o assunto. O jornal considera Janja uma figura influente no país.
O texto critica o fato de a primeira-dama não ter utilizado sua influência para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A tragédia deixou 40 mortos e centenas de desabrigados.
A vice de Lula foi criticada por ter demonstrado pouca empatia ao sobrevoar a região gaúcha após uma tragédia e durante o Carnaval, quando outra tragédia ocorreu no litoral paulista. Os opositores de Lula a acusaram de ter uma postura insensível.
Na reportagem do Le Monde, o cientista político afirmou com relação a Janja: “Tudo, menos uma primeira-dama decorativa”.
A verdadeira ‘vice-presidente’ de Lula
O Le Monde afirma que “muitos” apontam Janja como a verdadeira “vice-presidente” de Lula “ou mesmo sua sucessora”. Para o correspondente do jornal francês, a personalidade de Rosângela da Silva destaca-se “num Brasil ainda muito machista”.
Como exemplo, em tom de demérito, o Le Monde lembrou o título de uma reportagem da revista Veja a respeito de Marcela Temer, então primeira-dama do país: “Bela, recatada e do Lar”.
A pergunta — colocada logo no primeiro parágrafo — só não obteve resposta da personagem principal do artigo. Mesmo promovida à condição de vice-presidente da República, Janja não retornou ao pedido de entrevista do Le Monde. As informações são da Revista Oeste.