Pedro Malan Pedro Malan

Malan, que votou em Lula, critica governo por mentalidade de ’15 anos atrás’

Ex-ministro da Fazenda e um dos pais do Plano Real critica projetos como PAC e ‘a nova indústria’

O ex-ministro da Fazenda, economista Pedro Malan, que serviu sob Fernando Henrique Cardoso, expressou críticas ao retrocesso do de e ao seu aparente desinteresse no equilíbrio fiscal. Durante o segundo turno da eleição, Malan, juntamente com outros arquitetos do Plano Real, declarou seu voto a favor de Lula.

No artigo que foi divulgado no domingo, 11, no jornal O Estado de S. Paulo, Malan afirmou que “a julgar pelos primeiros 400 dias de Lula 3, o pensamento de 15 anos atrás perdura”.

Os programas econômicos anunciados por Lula ao longo desses 400 dias, como o Nova Indústria Brasil, o novo PAC e um plano trienal de ação (2024-2026), foram mencionados pelo ex-ministro. Malan, que serviu como ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso de 1995 a 2002, afirmou: “O governo Lula parece apostar que os efeitos dos seus primeiros 400 dias também se projetarão por anos à frente e contribuirão para seu (legítimo) projeto de permanecer no poder, vencendo as eleições de 2026”.

O ex-ministro economista, no entanto, recordou as promessas que nunca foram cumpridas durante os governos de Lula e Rousseff (2003 a 2016). Eles prometeram investimentos significativos em projetos de expansão econômica ao longo dos anos, incluindo a indústria naval, a refinação de petróleo e grandes projetos de infraestrutura. Poucos tiveram sucesso. “Quem é minimamente informado sabe no que deu” a tentativa de revitalizar a indústria naval, anunciada por Dilma, concluiu o ex-ministro.

Malan recordou uma entrevista que Lula deu em 2009, onde o líder do PT afirmou que estava pressionando a Vale para a construção de siderúrgicas; estava também demandando da Petrobras a construção de refinarias e estaleiros, e concluiu dizendo: “Não conheço ninguém que tenha a capacidade gerencial da Dilma.”

Malan Condena Negligência do Governo Lula em Relação ao Equilíbrio Fiscal

Malan observou que o pensamento de que “ainda perdura no governo Lula”, ressaltando a recente afirmação do ex-presidente: “Se der superávit zero, ótimo, se não der, ótimo também”.

O especialista em economia argumenta que quando o estado se envolve demais e investe em “ambiciosos processos de expansão”, “o Estado fica mais suscetível a ceder a interesses isolados, a persistir em promessas que não pode cumprir”. Isso é particularmente verdadeiro “quando, como é nosso caso, o Estado já se sobrecarregou de obrigações que testam os limites de sua capacidade — de tributar, de gastar, de se endividar, de reformar, de gerir e de investir.”

Assim, Malan declara que, nos próximos três anos, o governo precisa indicar aos agentes econômicos “de maneira clara e crível” que “existe um sistema de regras de responsabilidade fiscal que represente compromisso firme em assegurar a sustentabilidade da trajetória de finanças públicas do país”. Ele conclui, “Porque uma política fiscal insustentável pode impedir o desenvolvimento econômico e social sustentado no longo prazo”, alerta o ex-ministro. As informações são da Revista Oeste.


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  1. Pois é! Não foi por falta de avisos.Agora deita na cama e chora que é lugar quente. Ah! E aproveita e “fazuelli”!😠

  2. o Pedro Mala só não levou em conta o fato de que lula nunca foi confiável. Desde sempre traiu aqueles que o apoiavam, desde os tempos da Vilares.

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