Carmén Lúcia diz ser contra a censura, mas vota para suspender canais e documentário: “Esse é um caso específico”
A decisão, tomada na terça-feira (18), foi referendada hoje (20).
“O Supremo não o inocentou; o Supremo aceitou a nulidade dos processos-crime”, disse Mello.
O ex-ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou sobre um trecho de sua fala censurada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL). A parte suprimida dizia que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi inocentado pelo Supremo
“O que eu disse é a verdade processual. O Supremo Tribunal Federal não absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque, se tivesse, os processos teriam sido extintos. O que houve foi o acolhimento da nulidade. Agora, parece que dizer a verdade é algo que é mal interpretado. Tempos estranhos”, disse o ex ministro do STF portal R7.
No programa exibido na quarta-feira (19), a campanha de Bolsonaro pretendia usar uma declaração concedida por Marco Aurélio ao Jornal da Band. Nela, o ministro aposentado afirma que o Supremo não inocentou o ex-presidente, Lula, só “aceitou a nulidade do processo crime” contra Lula.
“O Supremo não o inocentou; o Supremo aceitou a nulidade dos processos-crime”, disse Mello. As declarações do ministro aposentado eram seguidas por comentários de um locutor e uma mulher que chamavam Lula de “corrupto” e “ladrão”.
Veja também
Notícias Relacionadas
Vídeo: Âncora da Jovem Pan é obrigado a interromper comentarista ao vivo
Emissora está sob censura do TSE
Bolsonaro aciona TSE para cobrar R$ 1,6 milhão de Lula e Gleisi
Ação ocorre por eventual descumprimento de decisão que proibiu PT de usar declaração sobre meninas venezuelanas
A verdade está proibida. Logicamente, porque pode levar a conclusões inconvenientes.
Alguma coisa precisa ser feita. !
Não temos um Legislativo?
Ninguém reage?
Onde isso termina?
Tenho orgulho da coragem do Ministro Marco Aurélio que, sem as garantias da toga, enfrenta os que a maculam.