Javier Milei Javier Milei

Milei detalha plano polêmico para construir mega-prisões no ‘estilo’ Bukele

A proposta se baseia na venda de prisões para empresas imobiliárias em troca de financiamento para construção de novas penitenciárias.

O presidente argentino, Javier Milei, esboçou partes do plano governamental para a reforma do sistema prisional, que consiste na negociação de penitenciárias com empresas de imóveis, para financiar a edificação de novas prisões.

O presidente anunciou em uma entrevista no canal da CNN no YouTube, publicada no domingo, que tem planos de construir “algumas prisões com 5.000 e 6.000 vagas”.

“Há prisões que foram projetadas e construídas em um determinado momento da história, mas o crescimento da população fez com que isso criasse uma área urbanizada”, explicou.

O mandatário acrescentou que com o plano “brilhantemente” proposto por sua ministra da segurança na Argentina, Patricia Bullrich, praneja-se “vender essas prisões para empresas dedicadas ao ‘real estate’ [setor imobiliário] e que essas empresas financiem a construção de uma nova prisão longe da cidade”.

Milei sublinhou que, dessa forma, haverá prisões com “melhor segurança, maior qualidade, melhores e maiores serviços, e sem gastar um único peso”.

Sobre a possibilidade de executar a proposta por decreto, sem passar pelo Congresso, o libertário respondeu: “Eu teria que ver como isso seria implementado, mas, em princípio, não deveria haver resistência. Me parece que a sociedade está tomando consciência de que quem comete o erro, paga”, detalhou.

“Exército e narcoterrorismo”

Durante a entrevista, o presidente também falou sobre o projeto de lei que será enviado ao Congresso nos próximos dias e que passaria a prever intervenção das “em caso de terrorismo”.

“Hoje isso não pode ser feito. Em outras palavras, as Forças Armadas só podem intervir em caso de estado de sítio”, afirmou.

Milei destacou que na cidade de Rosário, localizada na província de Santa Fé, que atualmente está passando por uma grave onda de violência, concentram-se, tropas policiais.

“Tínhamos 1 mil homens […] e adicionamos mais 450 homens[…] mas no que estamos trabalhando é para que as Forças Armadas possam participar de situações de narcoterrorismo, mas com os regulamentos das Forças de Segurança”, enfatizou.

Ele continuou: “Mas, naturalmente, se isso for feito, também precisa haver uma contrapartida no sistema prisional”.

O envolvimento ou não das Forças Armadas na luta contra o tráfico de drogas tem gerado um intenso debate. Um fator importante nessa discussão é o papel que desempenharam durante a última ditadura militar (1976-1983), quando foram cometidos milhares de crimes contra a humanidade que ainda hoje estão sendo julgados. As informações são da RTBrasil.

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