O Governador Do Rio De Janeiro, Cláudio Castro O Governador Do Rio De Janeiro, Cláudio Castro

Moraes exige que Castro entregue documentos em meio à ação da PF no RJ

Ministro do STF pede logs, horários e autoria de atos administrativos no dia da operação que levou à prisão do presidente da Alerj

Durante a operação da realizada nesta quarta-feira (3), que resultou na do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Federal (STF), determinou que o governador Cláudio Castro envie ao Tribunal uma série de documentos internos do governo fluminense.

Os registros solicitados incluem materiais produzidos pelo Sistema Eletrônico de Informações do estado e pela Oficial, usados para acompanhar atos administrativos.

O que Moraes quer acessar

Na decisão, Moraes ordenou que Castro encaminhe logs de acesso, horários, identificação dos usuários responsáveis, dados de criação, assinatura e o fluxo de tramitação de dois processos administrativos que, em 3 de setembro, resultaram na exoneração de Rafael Picciani da Secretaria de Esporte.

Essa data coincide com a deflagração da Operação Zargun, na qual a PF prendeu o deputado estadual TH Joias, suspeito de ligação com o Comando Vermelho. Picciani deixou o cargo naquela mesma manhã e reassumiu sua cadeira na Alerj, preenchendo o posto que seria deixado por Joias — movimento considerado estratégico pela Polícia Federal.

PF vê “manobra regimental célere”

Para os investigadores, a troca repentina teria sido planejada para afastar a Alerj do parlamentar preso. Moraes também exigiu que o governo detalhe o fluxo completo de recebimento do decreto publicado em edição extraordinária, identificando quem enviou e processou o documento.

A PF comparou o episódio à chamada “Carta Picciani”, de 2017, quando a Alerj atuou rapidamente para reverter a prisão de deputados aliados — manobra que ficou marcada como símbolo de decisões relâmpago para blindar investigados.

Indícios contra Bacellar

Mais cedo, Moraes afirmou ver “fortes indícios” de que Bacellar integra uma organização criminosa. O ministro apontou que o presidente da Alerj teria atuado de forma ativa para obstruir investigações relacionadas a facções e operações contra o crime organizado, inclusive influenciando ações do Executivo fluminense.

Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *