O engenheiro austríaco desenvolveu um armamento mais barato, leve e fácil de desmontar que o de seus concorrentes
Na quarta-feira (27), faleceu o engenheiro austríaco Gaston Glock, criador de uma pistola que trouxe grandes mudanças para a indústria de armas, aos 94 anos, de acordo com a empresa que leva seu nome.
“Em memória de Gaston Glock, 19/07/1929 – 27/12/23. A perfeição continua”, escreveu a empresa Glock GmbH em seu site, ao lado de uma foto do empresário, em fundo preto.
O pai da pistola semiautomática Glock, que é conhecido por sua discrição, realizou estudos em engenharia mecânica em Viena antes de desenvolver modelos de pistolas.
No ano de 1982, ele ganhou uma concorrência do Exército austríaco ao criar uma arma que possuía diversos elementos não metálicos, era mais econômica, leve e simples de desmontar em comparação com as armas dos outros competidores.
Sua empresa, sediada em Deutsch-Wagram (nordeste da Áustria), lançou-se, então, à conquista do mercado mundial.
“Pode-se realmente comparar Glock, que não tinha nenhum conhecimento de armamentos, a Steve Jobs, que concebe o primeiro produto da Apple em sua garagem”, afirmou, em 2018, em uma entrevista à AFP, Fritz Ofner, diretor de um documentário (Weapon of Choice) que constitui uma das poucas pesquisas sobre uma personalidade cercada pela discrição.
Nos Estados Unidos, a arma de fogo se tornou um símbolo importante, sendo utilizada por aproximadamente 80% dos agentes policiais. Além disso, ganhou destaque na cultura popular através do reconhecimento dado por Hollywood e pela indústria do hip-hop.
Bruce Willis elogia as vantagens da pistola em Duro de Matar 2, enquanto Tommy Lee Jones faz o mesmo em U.S. Marshals: os Federais. Ela também foi usada em filmes do famoso espião britânico James Bond.