O plano começará com pacientes imunossuprimidos, como aqueles que fizeram um transplante de órgão e pacientes com câncer
O governo do Uruguai, um dos países com maior taxa de vacinação do mundo, passaria a aplicar uma terceira dose em sua população para reforçar a imunidade contra o COVID-19, diante da ameaça das variantes mais contagiosas.
“Na presidência já foi decidido que haverá uma terceira dose de reforço, que será do laboratório da Pfizer, a princípio para a população imunizada com a vacina chinesa Sinovac ”, disse uma fonte oficial ao semanário Search.
Segundo o jornal El País, a Comissão Consultiva Nacional de Vacinas chegou a um acordo para fortalecer a proteção dos pacientes mais comprometidos com a imunossupressão, aqueles com menor capacidade de gerar defesas, que inclui cerca de 6.000 pessoas. Nesse grupo, por exemplo, destacam-se os que realizaram transplante de órgãos e os pacientes com câncer, pois estudos científicos apontam que eles apresentam menor reação às vacinas.
O jornal também informou que enquanto a fórmula do Sinovac mostrou alta eficácia, a vacina da Pfizer será usada para o reforço. Isso será facilitado antes da chegada do carregamento de 500 mil doses enviadas pelos Estados Unidos, o suficiente para cobrir quase 15% de toda a população com uma dose. Mas o El País acrescentou que quem recebesse a fórmula chinesa teria como reforço um esquema completo da fórmula americana, para o qual haveria um total de quatro injeções.
Dias atrás, o secretário da Presidência da República, Álvaro Delgado, havia avançado a possibilidade da terceira dose, durante entrevista ao jornal El Telégrafo.
Pelo menos 65,8% (2,3 milhões) já receberam a dose, dos quais 53,1% (1,8 milhões) as duas doses completa com as vacinas Sinovac, Pfizer e AstraZeneca.
O alto percentual de vacinados se soma à imunidade natural alcançada pelos moradores após os elevados números de infecções atingidos principalmente nos meses de abril e maio, quando o país vivia seu pior momento de saúde.
O Uruguai registra 375 mil casos e mais de 5.700 mortes em decorrência do novo coronavírus desde o início da pandemia. Até terça-feira, eram 9.632 casos ativos, menos de um terço do pico alcançado no final de maio, quando contava com 36.121 pessoas com a doença.
As informações são do Infobae