O Ministro Alexandre De Moraes, Do STF, Durante Um Evento O Ministro Alexandre De Moraes, Do STF, Durante Um Evento

ONG ligada à defesa de Marcinho VP terá reunião com Alexandre de Moraes no STF

Instituto Anjos da Liberdade entregará dossiê sobre supostas torturas durante megaoperação no Rio; entidade também acionou a Corte Interamericana

A advogada Flávia Fróes, defensora do traficante Marcinho VP e presidente do Instituto Anjos da Liberdade, participará nesta quarta-feira (5) de uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Federal (STF), em Brasília.

O encontro foi solicitado pela própria ONG e terá como pauta principal a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos.

Dossiê com denúncias de abusos será entregue ao ministro

De acordo com Flávia Fróes, a entidade pretende entregar a Moraes um dossiê que reúne relatos de supostas torturas e abusos cometidos por agentes de segurança durante a operação. A reunião ocorre no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, ação que acompanha as atividades das forças policiais em comunidades do Rio.

Entidade aciona Corte Interamericana de Direitos Humanos

O Instituto Anjos da Liberdade também enviou um pedido à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), solicitando medidas de proteção para familiares das vítimas e a suspensão temporária de operações policiais de grande porte no estado.

O documento pede ainda o afastamento dos agentes envolvidos nas mortes e a preservação de provas, em meio à apuração sobre o número elevado de vítimas da ação policial.

Moraes assume relatoria e ouvirá entidades civis

A reunião desta quarta-feira será a primeira sob a relatoria de Alexandre de Moraes, que assumiu o caso após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF. Outras organizações da sociedade civil também foram convidadas para participar do encontro.

As ONGs já haviam solicitado acesso à reunião anterior entre Moraes e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), mas o pedido foi negado.

O tema segue mobilizando o Supremo e entidades de direitos humanos, em meio ao debate sobre o limite da atuação policial nas comunidades cariocas e a necessidade de controle judicial sobre grandes operações.


Veja também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *