VANUZA DOS SANTOS DE SOUZA, EX INTEGRANTE DO MST VANUZA DOS SANTOS DE SOUZA, EX INTEGRANTE DO MST

‘Ou vota, ou perde a terra’, diz ex-militante do MST que criticou o PT na CPI

Vanuza dos Santos de Souza participou do movimento no Sul da Bahia e diz ter sido expulsa de acampamento no estado

Durante seu depoimento à CPI sobre o MST, Vanuza dos Santos de Souza, que já foi membro do movimento, afirmou que sofria pressão para votar em candidatos do PT na área em que vivia. Ela pertencia ao Acampamento São João, localizado no Sul da , e afirma ter sido expulsa da casa que construiu no assentamento após começar a discordar das atividades do grupo.

Não estou aqui para difamar o movimento, é para minha honra, minha honestidade. Só queria ser dona de mim. Vocês [dirigindo-se aos parlamentares da CPI] foram eleitos por nós. Nunca tive a liberdade de votar fora do PT. Não fui obrigada por certo tempo, eu acreditava. Mas todo mundo erra. Ou você vota [no PT], ou perde a terra. Esse movimento no extremo sul da Bahia age criminalmente quando alguém diz ‘não’ pra eles. VANUZA DOS SANTOS DE SOUZA, EX-INTEGRANTE DO MST

Na sessão da CPI, foram ouvidos também Benevaldo da Silva Gomes, que fazia parte do acampamento Egídio Bruneto em São Paulo, e Elivaldo da Silva Costa, presidente do Projeto de Assentamento Rosa do Prado, situado na região sul da Bahia, entre os municípios do Prado e Alcobaça.

A reunião foi marcada por desavenças e bate-bocas entre deputados da oposição e do governo. “É uma vergonha para mim [estar na CPI]. Eu vi a cara de demagogia dos representantes dos meus país, que não sabem, não viram e não querem saber. Muitos de vocês necessitam daquela massa de manobra. Eu me envergonho hoje de ser brasileira. Estou com vergonha aqui”, afirmou Vanuza.

De acordo com o depoimento da ex-militante, as desavenças com o movimento começaram em 2018. “Nos últimos seis anos, eu comecei a não querer mais participar das atividades do movimento e comecei a ser perseguida dentro do acampamento, [a ser] ameaçada de [me] mandar embora e de desocupar o lote. Outras pessoas [também passaram por isso]. A fala era assim: ‘Se não fizer isso ou aquilo, ou se não der isso ou aquilo, a porta da rua é serventia da casa'”, relembrou, ao citar que eram pedidas contribuições em dinheiro e participação das invasões.


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  1. Não é um Partido Politico.É uma organização criminosa. Igualmente ao PCC outras igualmente criminosas.

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