Rodrigo Pacheco Rodrigo Pacheco

Pacheco deve autorizar abertura de CPI do MEC nesta terça

Presidente do Senado terá uma reunião com líderes partidários para discutir a abertura do colegiado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve autorizar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da nesta terça-feira (5). Com isso, a oposição espera dar início aos trabalhos do colegiado em agosto. A base do governo, por outro lado, quer adiar o funcionamento para depois das eleições.

Pacheco agendou uma reunião com líderes partidários para discutir a abertura da CPI nesta terça-feira (5), às 9 horas. O presidente da Casa informou a senadores que pretende ler o requerimento de instalação no mesmo dia no Plenário. Após esse procedimento, senadores ainda podem adicionar ou retirar as assinaturas de apoio à investigação até meia-noite.

O trabalho da CPI, no entanto, só começará efetivamente após a indicação dos membros pelos líderes partidários. A CPI deve ser instalada para investigar um suposto esquema de distribuição de verbas e controle da agenda do Ministério da Educação.

Nos cálculos da oposição, os membros serão indicados até o dia 15 de julho. Na sequência, o Congresso entrará em recesso e a CPI deve ser instalada, com a eleição do presidente, escolha do relator e início das reuniões em agosto. Após a leitura do requerimento, o governo tentará adiar a instalação da CPI do MEC para depois das eleições.

Além disso, a base do governo apresentou três pedidos de CPI na mesa de Pacheco: um para investigar obras paralisadas nos governos do PT, outro sobre crimes nas fronteiras e um terceiro para apurar a atuação de organizações não governamentais na Amazônia.

– O sensato é deixar para depois [da eleição] para que não se faça palanque eleitoreiro, mas também porque a maioria vai estar envolvida em campanhas nos seus estados – disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor do requerimento para instalação da CPI da Amazônia.

Na semana passada, Pacheco afirmou que a investigação sobre obras paradas poderia ocorrer junto com a apuração do gabinete paralelo do Ministério da Educação na mesma CPI, a pedido de governistas. Os defensores da CPI do MEC, no entanto, não querem a junção e devem se posicionar contra essa possibilidade na reunião desta terça.

Nesta semana, aliados do Palácio do Planalto mudaram a estratégia de juntar as apurações e querem uma CPI só para investigar as obras paradas.

– Eu espero que minha CPI, das obras inacabadas, seja aberta. Se for abrir, tem que abrir tudo. São fatos diferentes, governos diferentes, tempos diferentes e não vejo viabilidade disso [juntar os pedidos] – disse o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ).


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