Presidente Da Argentina, Alberto Fernández Foto EFE Christphe Petit Tesson Presidente Da Argentina, Alberto Fernández Foto EFE Christphe Petit Tesson

Presidente da Argentina pede diálogo sobre Ilhas Malvinas

Alberto Fernández deu declarações durante evento que teve presença dos ex-presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Uruguai, José Mujica

Neste sábado (2), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, comandou uma solenidade pelo Dia do Veterano, que é dedicado aos mortos na Guerra das Malvinas. Ele fez um apelo para que o Reino Unido retome o diálogo e encerre a presença militar nas ilhas, no marco dos 40 anos do início do conflito.

O chefe de Estado cobrou que o governo britânico cumpra com as resoluções das Nações Unidas. Fernández exigiu uma “solução negociada e pacífica”.

– Solicitamos também que o Reino Unido abandone a injustificada e desmedida presença militar nessas ilhas, que não faz mais do que trazer tensão a uma região caracterizada por ser uma zona de paz e cooperação internacional – afirmou Fernández.

Os dois países se enfrentaram pela soberania das Malvinas, que foram ocupadas pelo Reino Unido em 1883. A guerra começou no dia 2 de abril de 1982, com o desembarque das tropas argentinas no arquipélago. Em junho do mesmo ano, o conflito foi encerrado com as tropas do país sul-americano se rendendo.

Ao todo, morreram 255 militares britânicos, 649 argentinos e três habitantes das ilhas.

Desde o fim da guerra, o Reino Unido se nega a retomar as negociações com a Argentina, apesar dos inúmeros apelos pelo diálogo feitos pelas Nações Unidas e outros fóruns internacionais.

Fernández destacou, no sábado, que “a questão das Malvinas é uma política de Estado”. Ele reforçou que “foram, são e serão argentinas”, garantindo que os argentinos “não cederão”.

– Temos um objetivo irrenunciável de recuperar o pleno exercício da soberania sobre nossas Ilhas Malvinas e seguiremos trabalhando no marco do mais profundo respeito ao direito internacional, para recuperar o que nos corresponde – completou.

O presidente ainda afirmou que o desembarque das tropas argentinas em 1982 foi uma decisão da ditadura militar, tomada “pelas costas da população”, contrariando a tradição diplomática do país sul-americano.

Após ser prestado um minuto de silêncio em memória dos mortos no conflito, Fernández entregou medalhas comemorativas a ex-combatentes, veteranos e familiares no Museu Malvinas, que foi transformado depois de ter servido como local de detenção na ditadura que perdurou de 1976 a 1983.

No ato de sábado, também estiveram presentes os ex-presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Paraguai, Fernando Lugo, e do Uruguai, José Mujica.


  1. Coisa manjada…..arrumar um “inimigo” externo pra aumentar a popularidade. Um exemplo disso é alguém que tinha 72% de rejeição e arrumou um jeito de fazer o país virar vítima…

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