Emendas de relator beneficiam parlamentares mesmo após proibição do STF
As emendas de relator beneficiaram os parlamentares, principalmente aqueles que apoiavam o governo Lula no Congresso. Apesar da proibição dessas emendas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda havia um valor de R$ 10,6 bilhões a ser pago em 2023, de acordo com uma reportagem do site Metrópoles.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria das Relações Institucionais (SRI), cerca de R$ 2,6 bilhões foram destinados para atender às solicitações de deputados federais, o que corresponde a aproximadamente 25% das emendas. O senador Eduardo Braga, que é membro do MDB do Amazonas e relator da reforma tributária, foi o que mais se beneficiou, recebendo R$ 145,4 milhões dos R$ 316 milhões que ele havia solicitado.
De acordo com a lista, os deputados Domingos Neto (2020) e Márcio Bittar (2021), que foram responsáveis pelo Orçamento na administração Bolsonaro, receberam R$ 86 milhões e R$ 69,7 milhões, respectivamente. Esses montantes refletem a importante função desempenhada por eles durante os anos em que atuaram como relatores, além de sua filiação a partidos que atualmente estão alinhados ao governo Lula.
De acordo com a SRI, ainda há incertezas quanto à origem do montante total de R$ 10,6 bilhões em emendas. A secretaria destacou: “A SRI/PR possui um levantamento incompleto a respeito de tais recursos […]. Tais informações não eximem os órgãos executores dos deveres de publicização da execução de tais recursos”.
De forma surpreendente, os parlamentares do Partido Liberal, liderado por Valdemar Costa Neto e com Jair Bolsonaro como presidente de honra, também foram beneficiados com os pagamentos feitos por Lula. De acordo com o Metrópoles, Genecias Noronha (PL/CE) recebeu a quantia de R$38,8 milhões, Junior Mano (PL/CE) recebeu R$26,5 milhões, Junior Lourenço (PL/MA) recebeu R$26,3 milhões e João Carlos Bacelar (PL/BA) recebeu R$25,6 milhões.
Observação, todos parlamentares que aceitaram a bolada são nordestinos. Nada contra o nordeste,tá?