Procurador Geral Da República, Augusto Aras Foto EFE Joédson Alves Procurador Geral Da República, Augusto Aras Foto EFE Joédson Alves

Aras vai ao STF contra liminar que tornou Cunha elegível

Para o PGR, decisão liminar apresenta risco de lesão à ordem pública, jurídica e constitucional

Nesta quarta-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um pedido ao Tribunal Federal (STF) para derrubar uma liminar que deixou elegível o ex-deputado Eduardo Cunha. No documento, assinado por Augusto Aras, o procurador-geral da República afirma que manter Cunha elegível apresenta risco de lesão à ordem pública, jurídica e constitucional.

Eduardo Cunha, que está filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), oficializou registro na Eleitoral para o cargo de deputado federal pelo estado de São Paulo. A decisão judicial que beneficiou o ex-presidente da Câmara foi determinada em julho deste ano pelo desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Na ocasião, Brandão atendeu a um pedido da defesa do ex-deputado e suspendeu a resolução da Câmara dos que cassou o mandato de Cunha, especificamente na parte em que a norma o impedia de se candidatar e proibia que ele ocupasse cargos públicos. Os advogados do ex-parlamentar alegavam irregularidades na tramitação do processo de cassação do mandato na Casa.

Ao pedir a suspensão da liminar, Aras apontou que a medida é urgente “por ser necessária e adequada para se preservar a ordem pública, a ordem jurídico-constitucional, a separação e harmonia entre os Poderes, a segurança jurídica, bem como a observância das decisões proferidas por esta Corte”.

Além disso, o PGR apontou que a decisão do TRF-1 põe “em xeque a segurança jurídica, a instabilidade institucional, a confiabilidade nas instituições, a paz social e a própria democracia”.


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