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Arminio Fraga diz que política fiscal de Lula é “suicida” e pode levar o país a nova crise

Ex-presidente do Banco Central diz que desequilíbrio das contas públicas trava redução dos juros e ameaça estabilidade

O economista Arminio Fraga, ex-presidente do (BC), fez duras críticas à atual política fiscal do governo Luiz Inácio da Silva, afirmando que o descontrole das contas públicas tem limitado a capacidade do BC de reduzir os juros.

Durante evento promovido pela Fundação FHC nesta segunda-feira (6), Fraga afirmou que o cenário fiscal brasileiro é “o tema mais importante do momento” e que as taxas de juros elevadas refletem diretamente essa instabilidade. O encontro também contou com a presença do atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

“O fiscal é, de longe, o tema mais importante do momento, e as taxas de juros são o sintoma inequívoco”, declarou Fraga.

“Política fiscal suicida” e risco de recessão

Fraga classificou a política fiscal do governo como “suicida”, destacando que ela eleva o risco de crise econômica e mina a confiança de investidores.

“A política fiscal atual embute um prêmio de risco que, no fundo, encurta os horizontes das pessoas e amedronta o investimento”, disse.

Ele defendeu que o BC avalie estender o prazo para cumprimento da meta de inflação de 3%, hoje projetada para seis trimestres.

Pressão sobre juros e isenções tributárias

Segundo o economista, projetos recentes de isenção de impostos e aumento de agravam a percepção de desequilíbrio.

“Essas medidas reforçam o risco e são difíceis de entender, pois pressionam as taxas de juros”, afirmou.

Fraga alertou ainda para a possibilidade de o país atravessar uma nova crise de grandes proporções caso não haja “correção de rumo”.

“Vejo espaço para melhora no Brasil, mas também um risco enorme se não houver uma guinada na política fiscal. O Banco Central sozinho não consegue equilibrar a economia. Fica uma política meio esquizofrênica”, concluiu.


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