Ex-presidente é homenageado com medalha de comendador em Anápolis, Goiás, e faz discurso
Na última sexta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em seu discurso que o veredicto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por oito anos, foi realizado de maneira obscura. Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e utilização indevida dos meios de comunicação, devido à transmissão de uma reunião com embaixadores pela TV Brasil, na qual fez críticas ao sistema eleitoral do país.
Após ser condecorado com a medalha de comendador da cidade de Anápolis, em Goiás, o ex-presidente fez um discurso no qual foi aclamado pela plateia, que o saudou com entusiasmo chamando-o de “mito”. Quando mencionou o Supremo Tribunal Federal (STF), houve vaias por parte do público. Em seguida, Bolsonaro expressou críticas ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Se eu nada representasse para nossa pátria, depois daqueles números do TSE, não estariam me perseguindo até hoje”, disse. “Não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual o crime? Corrupção não foi. Abuso de poder econômico não foi. O sistema não quer uma pessoa honesta na Presidência da República”.
No julgamento, o TSE considerou que Bolsonaro usou o poder do cargo para espalhar informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação, atacar a Justiça Eleitoral e fazer ameaças. O presidente da Corte afirmou que houve desvio de finalidade na reunião do ex-presidente com os embaixadores.
Bolsonaro fez várias críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem se referia como o “outro cara”. Ele disse que “aconteceu algo inacreditável em outubro do ano passado”, em referência à eleição do petista. Em outro trecho da fala, Bolsonaro afirmou que “deixou” Lula assumir a Presidência. Antes da posse, o ex-presidente viajou para os Estados Unidos, de onde voltou apenas em março.
“Entreguei o Brasil… ou melhor, deixei outro cara assumir”, afirmou Bolsonaro, durante o discurso no interior goiano. “Porque jamais passaria a faixa para uma pessoa com passado. Jamais passaria faixa para uma pessoa que tinha e tem um passado como esse cara que assumiu em 1º de janeiro”, prosseguiu o ex-presidente.
Na cerimônia que comemorou o aniversário de 116 anos de Anápolis, o ex-presidente foi agraciado com a medalha Gomes de Souza Ramos, juntamente com outras 34 pessoas que também foram homenageadas. As informações são da Revista Oeste.
Bolsonaro foi fraco.
A fraqueza atrai a agressividade.
Agora aguenta!