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Bolsonaro: “Hoje em dia, qualquer um pode ser preso sem motivo”

Bolsonaro nega participação em suposto golpe de Estado e afirma que ‘qualquer um pode ser preso sem motivo’

Nesta quarta-feira (21), Jair , ex-presidente pelo PL, declarou que atualmente “qualquer um pode ser preso sem motivo”. Ele também negou qualquer envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. “Golpe você tem que ter armas, você tem que ter conspiração, você é tanque na rua, tem que ter uma autoridade, uma personalidade conduzindo esse golpe. Nada disso teve. Que loucura é essa falar em golpe”, ele comentou durante uma entrevista à rádio CBN Recife.

“Eu vejo colegas do meu lado, que trabalhavam comigo aqui, que estão presos. Qual a acusação? Um, inclusive, civil [disseram que] ‘viajou com o Bolsonaro para os dia 30 de dezembro’ e ele não foi, depois o advogado prova que não foi, e ele continua preso”, destacou.

Nesta quinta-feira (22), o depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal é esperado, no contexto da Operação Tempus Veritatis. A PF declarou em comunicado que a operação, iniciada no dia 8 passado, tem como objetivo “apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República [Bolsonaro] no poder”.

O antigo líder insinuou que as investigações atuais visam revogar o registro do PL. O chefe do partido, Valdemar Costa Neto, é um dos focos da investigação. Bolsonaro, que está impedido de se candidatar por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou: “Pelo que parece, querem cassar o registro do PL. Essa é a intenção, tirar. Por enquanto eu estou fora”.

Ele declarou seu desejo de “ser candidato a vereador no Rio de Janeiro para ajudar” Alexandre Ramagem, deputado federal pelo PL-RJ, que é um forte candidato para concorrer à Prefeitura do Rio este ano.

Em relação ao seu depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro afirmou que seguirá as orientações de seus advogados. Nesta semana, seus representantes legais declararam em petições ao Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente deve permanecer em silêncio durante o interrogatório. A defesa alegou que não teve acesso ao processo completo, incluindo a delação do ex-assistente de ordens, Mauro Cid.

“Os processos são todos sigilosos, secretos, reservados… Se os advogados tiverem acesso até amanhã, obviamente que eu vou falar”, afirmou. “Agora, se o advogado falar ‘não tivemos acesso’. Isso é um processo bastante longo, de mil páginas e tem que tomar conhecimento disso. Aí está o respeito ao estado democrático de direito”, acrescentou Bolsonaro.


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