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Brasil Realiza Exercício Militar Perto da Fronteira com a Venezuela em Meio a Tensões com os EUA

Operação Atlas mobilizará Exército, Marinha e Aeronáutica entre 2 e 11 de outubro

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, determinou a realização da Operação Atlas, um exercício militar conjunto do Exército, Marinha e Aeronáutica, previsto para o fim de setembro. A operação prevê o deslocamento de tropas a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a , segundo informações da Folha de S. Paulo publicadas nesta quarta-feira (27).

Apesar da proximidade da fronteira, o governo brasileiro afirma que o exercício não está relacionado à crise internacional envolvendo o ditador e os Estados Unidos.

Estrutura e objetivos do treinamento

O treinamento militar será realizado nos estados do Amazonas, Pará, Amapá e Roraima, e mobilizará efetivos vindos de outras regiões do país. As atividades ocorrerão entre 2 e 11 de outubro, com o deslocamento das tropas marcado para 27 de setembro.

Segundo o Ministério da Defesa, o objetivo principal da Operação Atlas é preparar as para atuação durante a COP 30, que será sediada em Belém (PA). Os locais escolhidos foram definidos com base em características do bioma amazônico e em fatores estratégicos que podem ser simulados durante o exercício.

Comunicação com países vizinhos e EUA

Fontes do governo informaram que países vizinhos e os EUA foram notificados sobre a operação há meses, em reuniões realizadas com adidos de defesa em Brasília. No entanto, diante da recente escalada da crise na Venezuela, autoridades brasileiras reforçaram junto a representantes de Maduro que a movimentação militar já estava prevista.

Segundo a Folha, uma comunicação semelhante deveria ter sido feita a Washington, mas ainda não foi formalmente transmitida.

Escalada da crise entre EUA e Venezuela

Nos últimos dias, o presidente norte-americano determinou a aproximação de três destróieres da classe Arleigh Burke, equipados com mísseis de ataque, para a costa venezuelana, em uma ofensiva declarada contra cartéis de drogas.

Em resposta, Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de membros de milícias paramilitares, intensificando o clima de tensão na região.


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