Ministro Gilmar Mendes Durante Sessão Da 2ª Turma Do STF Ministro Gilmar Mendes Durante Sessão Da 2ª Turma Do STF

Câmara Municipal de Curitiba aprova desagravo contra Gilmar Mendes

Vereadores repudiaram declaração do ministro do STF

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou uma moção de desagravo em resposta às declarações feitas pelo ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Federal (STF), que afirmou que Curitiba “tem o germe do fascismo”. A medida foi validada pelo Parlamento local, na segunda-feira 16.

Dos 36 vereadores presentes, 25 votaram a favor do desagravo, enquanto três foram contrários, sendo dois parlamentares do PT e um do PV. Outros projetos contrários ao juiz do STF estão em tramitação, sendo um para revogar o título de Cidadão Honorário concedido a Mendes em 2002 e outro para torná-lo “persona non grata” em Curitiba.

Durante a discussão, o vereador Eder Borges (PP) comparou as declarações de Mendes às de “um garoto ativista dessas universidades públicas brasileiras” e destacou a importância da Suprema Corte para a estabilidade de qualquer país.

Já o vereador Rodrigo Braga Reis (União Brasil) ressaltou o apoio da maioria dos curitibanos à Operação Lava Jato, que recuperou bilhões de reais aos cofres públicos. Ele reforçou o repúdio às falas de Mendes: “Quando o ministro ataca a Lava Jato, e o povo de Curitiba aprova a Lava Jato, então, é um ataque pessoal ao povo de Curitiba.”

Pier Petruzziello afirmou que a discussão não deveria ser polarizada entre direita e esquerda, e que a moção de desagravo era contra o que Mendes falou, não contra o ministro em si. Ele explicou que a votação era uma resposta à fala grave que atacou a cidade de Curitiba.

Relembre o caso

Durante participação do programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro Gilmar Mendes criticou a Operação Lava Jato e o ex-juiz e hoje senador (União-PR).

O magistrado afirmou que a cidade de Curitiba, no Paraná, Estado onde ocorreu a Lava Jato, tem “o germe do fascismo”.

“Curitiba tem o germe do fascismo”, atacou o ministro. “Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações à sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada.” As informações são da Revista Oeste.


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