Ex Chanceler Celso Amorim, Assessor Especial De Lula Ex Chanceler Celso Amorim, Assessor Especial De Lula

Celso Amorim, Assessor de Lula, defende o Irã: ‘Queria fazer um gesto’

O governo iraniano disparou dezenas de drones e mísseis contra Israel

O diplomata Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, apoiou o após o ataque contra . Neste domingo, dia 14, ele afirmou que a nação “queria fazer um gesto” em resposta ao ataque sofrido em seu consulado.

Em uma entrevista concedida ao site UOL, o destacado diplomata brasileiro, Amorim, declarou que a resposta do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao ataque é crucial.

Ele defendeu o Irã, alegando que é “sempre difícil” determinar o responsável pelo início da crise na região. De acordo com Amorim, o ataque do Irã ocorreu em resposta ao bombardeio contra o consulado de Teerã em Damasco, Síria. O incidente ocorreu no início de abril.

O diplomata brasileiro disse ao UOL que “O Irã queria fazer um gesto”. Amorim destacou a relevância da Guerra Revolucionária Iraniana para a dinâmica de poder em Teerã. Durante o ataque ao escritório, um alto oficial da guarda perdeu a vida.

Naquela ocasião, o Irã atribuiu a Israel a responsabilidade pelo atentado ao consulado iraniano. A autoria do ataque foi confirmada pelo governo israelense.

Neste sábado, uma base militar de Israel foi alvejada por drones explosivos e mísseis disparados pelo Irã. As Forças de Defesa de Israel conseguiram abater cerca de 99% dos projéteis.

Itamaraty não condenou o Irã

Após o ataque, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota, porém, não criticou o Irã. A administração de Luiz Inácio da Silva adotou uma postura semelhante à da Rússia e da China. Ambos os governos alertaram sobre o perigo dos ataques, mas se abstiveram de condenar o regime iraniano.

“Por sorte ou por qualquer outro motivo, os drones e mísseis não atingiram seus alvos”, disse Amorim. “Mas a questão é como o governo de Israel vai responder.”

O diplomata dialogou com Lula e garantiu que não existe nenhuma ação para convocar o G20, sob liderança brasileira, ou os Brics. Por outro lado, os EUA optaram por convocar o G7, cujo encontro ocorrerá neste domingo. Além disso, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também tem uma reunião agendada.

Amorim não nega a possibilidade dos acontecimentos recentes desencadearem uma crise ainda mais intensa na região e que possa ficar fora de controle. “Isso é sempre um risco”, ele declarou.

De acordo com o UOL, alguns embaixadores de destaque do Itamaraty concordam com a perspectiva de Amorim. Eles estão convencidos de que Netanyahu tentou levar o governo dos “de volta para a guerra”.

Os Estados Unidos têm assumido uma postura mais crítica em relação a Israel por suas ações militares na Faixa de Gaza. Duas semanas atrás, o país adotou uma postura sem precedentes e se absteve em uma resolução contra Israel no Conselho de Segurança.

A separação entre Netanyahu e é resultado das eleições norte-americanas. O temor do presidente dos EUA de perder votos devido ao seu apoio ao israelense em Gaza causou essa distância.

Amorim acredita que Netanyahu estava tentando prolongar seu mandato como primeiro-ministro de Israel ao atacar o consulado iraniano. “Ele está interessado em salvar sua pele”, declarou o diplomata. As informações são da Revista Oeste


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  1. Amorim não deixa de ter razão. Netanyahu já está passando dos limites. Porque Israel pode atacar a embaixada do Irã na Síria, matar pessoas e o Irã não pode retaliar? E olha que io Irã possui mais potência bélica que Israel. Poderia ter destruído muita coisa por lá. Não destruiu. Avisou 3 dias antes que ia atacar, exatamente para que Israel se preparasse. Totalmente louco, Netanyahu já matou milhares em Gaza e insiste em destruir a região… Não existem mais prédios ou trabalho em Gaza. Milhões de pessoas passando fome… por mais que apoiemos Israel, essa violência tem que acabar. Não existem mais reféns para recuperar. Para casa um deles Israel já matou 10. Chega.

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