China firma acordo para incentivar o ensino do mandarim na Nicarágua

Língua oficial chinesa será ensinado em escolas e universidades do país centro-americano

A China está empenhada em expandir sua influência global. Os governos chinês e nicaraguense assinaram um acordo para incentivar o ensino do mandarim nas instituições de ensino da Nicarágua, na sexta-feira 22.

A cerimônia de assinatura do acordo ocorreu na cidade de Manágua e contou com a participação do líder autoritário da Nicarágua, Daniel Ortega, e de seu filho, Laureano Ortega Murillo.

Laureano trabalha como consultor do governo da Nicarágua, responsável por incentivar investimentos, comércio e cooperação internacional.

No decorrer do evento, que não contou com a presença da imprensa oficial e de membros do regime de Ortega, o filho do ditador expressou gratidão ao presidente chinês, Xi Jinping, e ao Partido Comunista Chinês por dedicarem grande atenção e prioridade à cooperação bilateral com o povo e governo da República da Nicarágua.

Ele ressaltou que o aprendizado do mandarim é “fundamental para fortalecer todos os ramos e áreas da cooperação bilateral”. “Estamos falando de idioma, de como se comunicar entre os seres humanos e, a partir daí, fortalecer a cooperação econômica, comercial, política e diplomática, os programas sociais e os programas culturais”, disse Laureano.

Xi Jinping enviou uma mensagem a Daniel Ortega durante o aniversário da independência da Nicarágua, enfatizando a importância do desenvolvimento das relações bilaterais entre os dois países, que foram restabelecidas recentemente.

A Nicarágua cortou seus laços com Taiwan e retomou as relações diplomáticas com a China.

No final de agosto de 2022, Nicarágua e China assinaram um acordo de livre comércio, que entrará em vigor em 2024.

Dentre os itens que serão enviados da nação centro-americana para a China, incluem-se carne e órgãos de bovinos, frutos do mar como camarão, lagosta e pepino do mar, vegetais, feijão, amendoim, óleos, tecidos e roupas, equipamentos de equitação, café, açúcar e ouro. As informações são da Revista Oeste.