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Coca-Cola afirma desconhecer que sancionado pela Lei Magnitsky participaria de evento patrocinado

Empresa responde ao governo dos EUA após apoio ao congresso que teve Alexandre de Moraes como palestrante

A Coca-Cola, multinacional sediada nos , enviou esclarecimentos ao Departamento de Estado norte-americano após ter patrocinado o Congresso Nacional do Ministério Público, encontro que incluiu uma palestra do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — alvo de sanção dos EUA sob a desde julho.

Em comunicado divulgado na terça-feira (25), a empresa afirmou que mantém parceria institucional com a Conamp há vários anos, apoiando iniciativas que promovem debates de interesse público. A Coca-Cola ressaltou que não interfere na programação do congresso, tampouco na escolha dos palestrantes, atribuições que cabem exclusivamente aos organizadores do evento.

Moraes, que atuou como promotor de Justiça no Ministério Público de São Paulo entre 1991 e 2002, foi responsável pelo encerramento do XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em 2025. O evento teve como tema “O MP do futuro: democrático, resolutivo e inovador” e contou com ingressos que variaram entre R$ 820 e R$ 1.020.

Preocupação da Casa Branca com possíveis sanções secundárias

A reforçou que empresas com operações nos Estados Unidos podem ser atingidas por secundárias caso financiem, direta ou indiretamente, pessoas enquadradas na Lei Magnitsky — legislação que prevê punições a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.

No caso da Coca-Cola, porém, a expectativa do governo americano, segundo veículos de imprensa, é que a companhia receba apenas uma advertência, sem aplicação de penalidades formais.

O que disse a Coca-Cola

A empresa publicou nota oficial para esclarecer o episódio e afastar a ideia de que tivesse conhecimento prévio da participação de Moraes no evento. Segundo a companhia, a lista de palestrantes não foi informada no momento da confirmação do patrocínio.

Nota da Coca-Cola (íntegra)

“A Coca-Cola é parceira institucional da CONAMP há vários anos, assim como inúmeras outras empresas, apoiando o ‘Congresso Nacional do Ministério Público’ com o único objetivo de fomentar o diálogo sobre temas de interesse público e relevância social.
A empresa não tem qualquer participação na definição da programação ou na escolha dos palestrantes; essas responsabilidades cabem exclusivamente aos organizadores do evento.
No momento da confirmação do patrocínio institucional na edição mais recente do Congresso, a empresa não foi informada sobre a lista de palestrantes. A empresa ou seus representantes não participaram do Congresso nem tiveram qualquer envolvimento em seu desenvolvimento.”

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