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Conselheiro da Vale abandona empresa e revela “nefasta influência política”

Luciano Penido deixa conselho da mineradora alegando manipulação no processo de sucessão

A comunidade financeira está circulando uma carta de renúncia direcionada ao presidente do Conselho de Administração da Vale. Nela, o conselheiro independente José Luciano Duarte Penido alega que o processo de sucessão da empresa tem sido “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política“.

Penido, membro do conselho da empresa desde 2019, também sustenta que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionista relevantes da empresa” e diz que “neste contexto, minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustante“.

A empresa de mineração recentemente se tornou o foco de um ataque governamental, com o Planalto tentando nomear o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO, substituindo Eduardo Bartolomeu.

A decisão do conselho de administração da Vale de estender o mandato de Bartolomeu de maio até dezembro deste ano resultou na renúncia de Penido. Esta ação ampliou o período para a discussão de uma solução que satisfizesse tanto acionistas quanto o governo, e inclui a contratação de uma empresa para selecionar candidatos para a posição.

Penido supostamente foi um dos dois conselheiros que se opuseram a essa solução para o problema. O conselheiro tem experiência no setor de commodities, tendo sido CEO da Samarco por 13 anos e presidente do conselho da Fibria por mais de uma década.

A persistência do Planalto em ter um indivíduo alinhado ao governo no topo da mineradora acabou por reduzir o valor das ações da empresa naquele tempo, uma situação que aparentemente fez recuar na nomeação de Mantega. As informações são do O Antagonista.


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