Polícia Federal desiste de indiciar envolvidos no tumulto em Roma
A investigação sobre o incidente envolvendo o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto de Roma, na Itália, em julho de 2023, foi concluída pela Polícia Federal (PF). Segundo a instituição, ocorreu uma injúria.
O documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira, dia 9, confirma que o crime de injúria real foi cometido pelo empresário Roberto Mantovani. De acordo com a Polícia Federal, Mantovani se aproxima de Alexandre Barci, filho de Moraes e, “o atinge com a mão direita, e desloca seus óculos”.
“Tal conduta se amolda ao tipo penal da injúria real, previsto no art. 140, §22, do Código Penal’”, escreve a PF, no relatório. “São exemplos de injúria real, conforme ensinado pela doutrina, desferir um tapa, empurrar, puxar a roupa ou parte do corpo [puxões de orelha ou de cabelo], arremessar objetos, cuspir em alguém ou em sua direção.”
Até o presente momento, tanto a PF quanto o STF não tornaram públicas as imagens completas do que aconteceu no Aeroporto de Roma, em 14 de julho de 2023. Após o incidente, Moraes divulgou a informação de que seu filho foi vítima de agressão física.
Um vídeo mostra Moraes chamando alguém de “bandido”. O filho dele chegou a dizer “serão processados”.
Vídeo INÉDITO mostra o ministro Alexandre de Moraes e o filho dele no aeroporto de Roma, em julho, após o que a PF classificou de “aparente agressão”.
— Túlio Amâncio (@tulio_amancio) October 5, 2023
A defesa dos acusados adicionou esse vídeo aos autos com a alegação de que Moraes os ameaçou. pic.twitter.com/Uf2Zx2miu6
PF afirma que as imagens do aeroporto no caso envolvendo Moraes não têm áudio
No relatório, a Polícia Federal declara que as gravações do Aeroporto de Roma não possuem áudio. Segundo a instituição, isso dificulta a investigação dos acontecimentos.
Ainda foi declarado pela polícia que os vídeos “não mostram qualquer manifestação de terceiros, no sentido de hostilizar, filmar ou constranger o ministro Alexandre de Moraes”. As movimentações vistas “correspondem a um fluxo ordinário de passageiros”.
O documento finalmente revela que Mantovani, sua esposa e seu genro não serão indiciados. Segundo a corporação, essa decisão é tomada porque o crime, de menor potencial ofensivo, foi cometido fora do país.
Após quatro dias do incidente no aeroporto italiano, a PF executou um mandado de busca e apreensão na residência de Mantovani, localizada em Santa Bárbara D’Oeste (SP). As informações são da Revista Oeste.
O Ministro que devia ser julgado por difamação a essa família trabalhadora.