Deputado quer a Câmara condenando ditador, já que Lula se omite

Zucco protocola uma moção de repúdio contra o ditador nicaraguense

O deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) defende que a Câmara dos Deputados precisa se posicionar contra as atrocidades cometidas pelo ditador Daniel Ortega, na Nicarágua, amigo do presidente Lula (PT), que se omite diante do assunto. Zucco protocolou hoje (13), na Câmara dos Deputados, uma moção de repúdio contra o ditador.

“O povo nicaraguense precisa do apoio da comunidade internacional. Estamos testemunhando violações diárias dos direitos humanos, o cerceamento da liberdade de expressão, a perseguição aos meios de comunicação, a proibição de cultos religiosos, perseguição de padres e pastores e o fechamento de embaixadas”.

O deputado gaúcho criticou a postura do governo Lula que não aderiu a uma declaração conjunta de mais de 50 países que denunciaram os crimes de Ortega e se manteve em silêncio diante das denúncias na Nicarágua, durante uma reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“A postura da esquerda brasileira é abominável e nos envergonha enquanto brasileiros perante a comunidade internacional. Se o Palácio do Planalto optou pelo silêncio, a Câmara dos Deputados precisa gritar contra esse desequilibrado chamado Daniel Ortega”.

No requerimento, Zucco destaca os diversos atos que violam os direitos humanos na Nicarágua.

“Repúdio às práticas típicas de regimes ditatoriais que ocorrem na Nicarágua sob o comando do atual presidente, Daniel Ortega, além de vários outros atos que também merecem repúdio por parte desta Casa Legislativa, sendo eles: perseguição a opositores do governo, edição e criação de normas que permitem a extensão do regime atual, cerceamento da liberdade de expressão, perseguição aos meios de comunicação, ordem de exilo em massa, proibição de cultos religiosos, perseguição a padres e pastores, fechamento de embaixadas após manifestações de líderes religiosos. Por fim, lamento toda a situação enfrentada pela população nicaraguense que está sofrendo com a flagrante violação de seus direitos humanos, além de estar submetida a uma situação de extrema pobreza e miséria”. As informações são do Diário do Poder.