Novo Modelo De Urna Eletrônica Foto Divulgação TSE Novo Modelo De Urna Eletrônica Foto Divulgação TSE

Desenvolvedor da urna critica novo modelo do equipamento

Para Carlos Rocha, “não há sistema 100% seguro”, e as urnas seguem suscetíveis à “manipulação” externa

Líder do desenvolvimento e da fabricação da urna eletrônica nos anos 1990, o engenheiro Carlos Rocha sustenta que o novo modelo da urna não resolve a falta de segurança do anterior. Para o engenheiro formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica e CEO da Samurai Digital Transformation, “não há sistema 100% seguro”, e as máquinas estão suscetíveis à manipulação. As informações são da revista Oeste.

– O modelo do equipamento é irrelevante. O problema está no poder absoluto dos códigos dos programas e chaves criptográficas nas mãos de alguns técnicos do TSE, que não sofrem nenhum controle externo – declarou.

De acordo com Rocha, uma eventual manipulação poderia ocorrer “sem deixar rastros”. O especialista defende, portanto, medidas que permitam comprovar o resultado, como o voto impresso auditável, derrubado pelo Congresso Nacional em agosto.

– Deve-se implantar a segregação de funções, com a certificação independente de equipamentos. Além disso, é preciso haver programas e auditorias independentes da integridade do sistema e da assertividade dos resultados – assinalou.

O engenheiro especialista em segurança de dados e voto eletrônico, Amílcar Brunazo corrobora com o posicionamento de Rocha, pondo em dúvida a confiabilidade das urnas. Segundo ele, todo o “processo eleitoral brasileiro depende da confiança de todos os funcionários envolvidos”, e que muitas vezes são profissionais terceirizados.

– O software é desenvolvido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seis meses antes [das eleições], compilado com 15 dias de antecedência, transmitido por internet pelos tribunais regionais e por cartórios, e gravado num flashcard. A equipe do professor Diego Aranha, dentro do TSE, mostrou ser possível pegar esse cartão, inserir nele um código espúrio, que não foi feito pelo TSE, e colocar na urna eletrônica – disse Brunazo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por sua vez, destaca que a urna utiliza as mais modernas tecnologias criptográficas e que elas garantem que “somente o sistema desenvolvido pelo TSE e certificado pela seja executado nos equipamentos”. O tribunal ainda destaca que as urnas “não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth”, e que para fraudá-las, seria necessário “superar mais de 30 barreiras de proteção”.


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  1. Eles descartão tudo o que querem,o dinheiro não é deles. Podem jogar tudo fora,queria ver eles pagando o que estão jogando fora.

  2. E com o 5G, o qeu estará seguro, essa segurança as urnas vai por terra totalmetne, tudo que se conecta em energia transmitirá e receberá dados sem exceção.
    Se algum dias essas urnas tiveram alguma segurança com o 5G isso deixará de existir completametne, se não tive voto auditável em papel nada garantirá a transparência do pleito.

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