Matthew Miller Fala Em Coletiva De Imprensa Matthew Miller Fala Em Coletiva De Imprensa

EUA advertem Venezuela que referendo não resolve disputa com Guiana

Porta-voz do Departamento de Estado pediu a Nicolas Maduro que respeite as fronteiras atuais até que haja um acordo definitivo

Na segunda-feira (4), os fizeram uma advertência à , informando que ela não pode resolver a disputa territorial com a Guiana por meio de um referendo. Além disso, solicitaram que o país respeite as fronteiras atuais até que seja alcançado um acordo definitivo.

“Pedimos a Venezuela e Guiana que continuem a buscar uma solução pacífica para sua disputa. Isso não é algo que possa ser resolvido por meio de um referendo”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em entrevista coletiva.

Miller explicou que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, apoia o respeito à fronteira estabelecida em 1899 entre os dois países “até que haja um acordo entre as duas partes ou que um órgão competente decida a questão”.

Em uma votação popular com baixa participação, a maioria dos votantes decidiu no domingo anexar o território disputado de Essequibo, que possui quase 160 mil quilômetros quadrados, à Guiana.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse hoje nas redes sociais que seu país iniciou uma “nova etapa histórica para lutar por Essequibo e recuperar o território deixado pelos libertadores”, embora não tenha detalhado as ações que serão tomadas para alcançar esse objetivo.

A Venezuela afirma sua soberania dessa área, que representa cerca de dois terços do território atual da Guiana. Essa região possui águas territoriais abundantes em petróleo e contém depósitos de carvão, pedras preciosas, além de ser uma reserva significativa de flora e fauna.

O início das disputas de fronteira ocorreu quando o Laudo Arbitral de Paris, datado de 3 de outubro de 1899, decidiu que a soberania do território seria concedida à Guiana Britânica na época.

Em 1962, a Venezuela fez uma denúncia à Organização das Nações Unidas sobre a decisão. Desde então, apesar de ter sido estabelecido um acordo em 1966 para resolver a disputa de forma negociada, ela ainda persiste, havendo inclusive alguns incidentes.


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